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    Na véspera da eleição, Trump e Biden divergem sobre Covid-19 e trocam ataques

    Candidatos fazem maratona de publicações nas redes sociais para conquistar eleitores na última hora

    Donald Trump e Joe Biden durante o último debate antes da eleição presidencial dos Estados Unidos
    Donald Trump e Joe Biden durante o último debate antes da eleição presidencial dos Estados Unidos Foto: Reprodução/CNN (22.out.2020)

    Guilherme Venaglia, da CNN, em São Paulo

    Nos últimos dias antes da terça-feira decisiva das eleições nos Estados Unidos, os candidatos Joe Biden e Donald Trump fizeram maratona de publicações nas redes sociais em busca de convencer apoiadores, enquanto miram estados com mais potencial de resultado.

    Analisando os últimos 30 tweets dos dois candidatos, mostra-se uma maior voracidade de publicações de Trump, que fez três dezenas de publicações em pouco mais de duas horas. Já Biden levou 16 horas para a mesma quantidade de mensagens, apesar de estar intensificando — foram seis tuítes na última hora.

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    Donald Trump

    As mensagens de Donald Trump batem na tecla de que há um “risco” para os EUA caso o adversário democrata seja eleito para comandar o país. Segundo o republicano, Joe Biden vai “aumentar seus impostos”, não revelou quem colocaria na Suprema Corte e permitiria que a China “fosse a dona dos Estados Unidos caso ele seja presidente.”

    O presidente americano mirou nos estados que serão decisivos para a formação do Colégio Eleitoral. “Texas e Pensilvânia, Biden é contra a Segunda Emenda e o ‘fracking‘. Por favor, se lembrem”, escreveu.

    “Fracking” é o termo para um processo de extração de gás natural no processo que, em português, também é conhecido como “fraturamento hidráulico”. É parte relevante da economia desses dois estados, mas criticado por ambientalistas. Trump diz que Biden vai proibir o fracking, mas o democrata nega.

    O atual presidente também se defendeu da avaliação de que os EUA estejam em momento mais sensível da crise da Covid-19, também um ponto importante em estados decisivos. “Nós temos mais casos porque estamos testando mais”, justificou, em outra publicação.

    “Biden foi ridículo e alvo de piadas em toda Washington pela péssima maneira que ele conduziu a crise da gripe suína/H1N1. Mesmo o chefe de estado dele dizia que ele não sabia o que estava fazendo”, disse Donald Trump, citando o período em que Joe Biden foi vice durante o governo Barack Obama.

    Joe Biden

    O candidato democrata também passou a véspera focando na Pensilvânia. Ele vem divulgando um comício com a sua participação no condado de Beaver, no estado. Ele reforçou o pedido aos eleitores para que votem antecipadamente, se possível já nesta segunda-feira (2).

    “Se você puder ainda votar antes, vote antes hoje. Se ainda não devolveu sua cédula de ausência, faça isso hoje. Se vai votar pessoalmente amanhã, se planeje hoje. Vamos terminar com isso. Hoje”, escreveu o ex-vice-presidente.

    Nos Estados Unidos, o dia da eleição é o encerramento de um período de votação cujas regras variam de estado a estado e que permite que eleitores votem antecipadamente pelo correio ou pessoalmente, com prazos que também oscilam.

    Joe Biden divulgou vídeo com o seu principal cabo eleitoral, o ex-presidente Barack Obama, utilizando máscaras com a expressão “Vote”, e criticou Trump.

    Biden focou na saúde e na crise do novo coronavírus. “Nosso presidente falhou na sua maior obrigação com essa nação: Nos proteger”, escreveu.

    O candidato prometeu “reconstruir” o programa de saúde conhecido como Obamacare e prometeu “realmente ouvir especialistas como o Dr. Fauci”, citando Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas, cuja demissão vem sendo cogitada por Trump.