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    Juiz rejeita ação de campanha de Trump para invalidar votos na Pensilvânia

    Apoiadores e advogados do republicano esperavam que o juiz desse alguma credibilidade às suspeitas deles de fraude



     

    Um juiz federal desferiu um golpe fatal no esforço da campanha de Donald Trump – que tenta reverter a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais do país – ao rejeitar uma ação que buscava invalidar milhões de votos registrados na Pensilvânia.

    “Não está no poder desta Corte violar a Constituição”, escreveu o juiz Matthew Brann do Tribunal Distrital dos EUA no Distrito Médio da Pensilvânia nesse sábado (21).

    Ele rejeitou a tentativa da campanha de Trump de invalidar os votos no estado, afirmou que Biden venceu na região e que os resultados serão certificados por funcionários oficiais na segunda-feira (23). Biden tem uma margem de mais de 81 mil votos de vantagem no estado.

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    “Nos EUA, isso não pode justificar a privação de direitos de um único eleitor, muito menos todos os eleitores de seu sexto estado mais populoso. Nosso povo, leis e instituições exigem mais”, escreveu Brann.

    Embora fosse extremamente improvável que o caso seguisse adiante, os apoiadores e advogados de Trump esperavam que o juiz federal da Pensilvânia desse alguma credibilidade às suspeitas deles de fraude. Contudo, Brann – um republicano conhecido de longa data no estado – rejeitou o processo.

    30ª derrota

    Esse foi o caso mais recente que buscava invalidar ou bloquear os votos necessários para virar o estado a favor de Trump. A decisão de Brann é ao menos a 30ª derrota ou retirada de um caso da campanha de Trump e seus aliados desde o dia 3 de novembro, principal dia da eleição nos EUA. Os republicanos obtiveram somente duas vitórias nos tribunais, com relação a um número muito pequeno de votos.

    “Os requerentes pedem que esta Corte prive de seus direitos quase sete milhões de eleitores. Este tribunal não conseguiu encontrar qualquer caso no qual um requerente buscou um recurso tão drástico no contexto de uma eleição, em termos de grande volume de votos pedidos para serem invalidados”, escreveu o juiz.

    Os condados da Pensilvânia devem certificar os resultados das eleições na segunda-feira. Brann afirmou que qualquer outra consideração sobre o assunto “iria atrasar indevidamente a resolução dos problemas” relacionados à certificação, e encerrou o caso. 

    Ele destacou ainda que a campanha de Trump não pode tentar voltar com suas reivindicações em uma versão reformulada da ação judicial. Mesmo assim, os republicanos anunciaram na noite desse sábado que vão apelar da decisão, com a intenção de levar o caso à Suprema Corte.

    (Texto traduzido. Leia o original em inglês.)

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