Fonte da CNN: Escolhido por Biden, general pode ser 1º negro a comandar Defesa
Lloyd Austin, que atuou no Iraque e foi comandante do Comando Central dos EUA no governo Obama, precisará de autorização especial do Senado
O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, escolheu o general da reserva Lloyd Austin para ser o secretário da Defesa do seu governo. Austin é ex-comandante do Comando Central dos Estados Unidos (CENTCOM, na sigla em inglês).
A informação foi antecipada pelo site Politico e confirmada pela CNN com uma fonte próxima a essa decisão.
Se confirmado pelo Senado, Austin seria o primeiro homem negro a comandar o Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
De acordo com a fonte, Biden entrou em contato com Austin para convidá-lo durante o final de semana e o general aceitou.
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Escolhido para essa posição, Lloyd Austin passa a ser um dos integrantes mais importantes do governo Biden. O secretário da Defesa está no controle da maior agência governamental, comanda tropas ao redor do mundo e o funcionamento interno do Pentágono, uma das mais formidáveis burocracias do mundo.
Austin tem uma longa história trabalhando junto com o Pentágono e já trabalhou de perto com Joe Biden no passado.
Quando o democrata era vice-presidente, durante o governo de Barack Obama (2009-2017), os dois trabalharam juntos em uma variedade de posições, mais proeminentemente quando ele foi comandante do CENTCOM (Comando Central dos Estados Unidos, na sigla em inglês) entre 2013 e 2016.
Nesse período, Biden e Austin trataram de uma amplidão de assuntos, incluindo o Oriente Médio, a Ásia Central e o sul da Ásia. Antes disso, mas ainda enquanto Biden era vice-presidente, Lloyd Austin foi vice-chefe de gabinete do Exército e comandante geral das forças dos Estados Unidos no Iraque.
“Eles se conhecem faz muito tempo”, diz a fonte. “Há um nível de conforto.”
A fonte diz que “a natureza histórica da decisão é algo sobre o que Biden está muito animado”. “Especialmente dada a história das Forças Armadas americanas, quebrando barreiras em muitas áreas”.
A equipe de transição de Joe Biden rejeitou comentar o assunto para a CNN.
Lloyd Austin precisaria de uma autorização do Congresso para ser confirmado para o cargo civil por ter se aposentado da ativa apenas quatro anos atrás. A lei federal exige sete anos de aposentadoria do serviço ativo antes de assumir o cargo.
Apesar do uso dessa concessão ser raro, o general James Mattis foi autorizado pelo Congresso em 2017 para ser secretário da Defesa do atual presidente, Donald Trump.
Na época, alguns democratas manifestaram preocupações com abrir esse precedente, diante de potenciais riscos para o controle civil das Forças Armadas. No entanto, no final, a autorização foi dada tanto pela Câmara quanto Senado, o que permitiu a Mattis ser secretário até dezembro de 2018.
“Tem havido engajamento com pessoas no Congresso sobre essa renúncia”, disse a fonte à CNN, afirmando que a equipe de transição de Biden e da vice-presidente eleita Kamala Harris está “esperançosa de que líderes dos comitês e os parlamentares responsáveis vão apoiar isso”, pelo caráter histórico da nomeação.
Segundo a fonte, Lloyd Austin “conhece o Pentágono por dentro e por fora” e “seria uma excelente pessoa para comandar a logística da distribuição das vacinas contra a Covid-19”.
A CNN havia noticiado que o general Austin estava entre os finalistas para o cargo. Michèle Flournoy, uma oficial veterana do Pentágono que atuou na Defesa durante o governo Obama, e Jeh Johnson, ex-secretário de Segurança Nacional, também estavam sendo considerados.
(Texto traduzido. Clique aqui para ler o original em inglês)
