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    Eleições EUA: número de votos antecipados passa dos 90 milhões neste sábado

    O índice que já representa cerca de 65% do votos totais em 2016

    Reuters

    Mais de 90 milhões de americanos já votaram na eleição presidencial do país até este sábado (31), de acordo com dados de votação nos estados.

    Com a campanha em fase final, o presidente Donald Trump e seu rival democrata, Joe Biden, fizeram campanha em todo o país para tentar influenciar os poucos eleitores indecisos restantes.

    Faltando três dias para o fim da campanha, o elevado número de votos antecipados, que já representa cerca de 65% do votos totais em 2016, reflete o intenso interesse pela escolha do próximo presidente dos Estados Unidos.

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    As preocupações sobre a exposição ao novo coronavírus em locais de votação, que podem estar mais cheios em 3 de novembro – dia oficial das eleições –, também aumentaram o número de pessoas que votam pelo correio ou nas primeiras seções eleitorais.

    Enquanto a contaminação do novo coronavírus aumenta no país, Donald Trump escolheu passar os últimos dias da campanha de reeleição criticando funcionários públicos e profissionais médicos que estão tentando combater a pandemia.  

    As pesquisas de opinião mostram que Trump está nacionalmente atrás do ex-vice-presidente Joe Biden, mas com uma disputa mais acirrada nos estados mais competitivos que decidirão a eleição. Os eleitores dizem que o novo coronavírus é sua maior principal preocupação.

    Neste sábado (31), em um pequeno comício em Newtown, Pensilvânia, Trump zombou de seu oponente por suas críticas ao histórico de combate do governo à Covid-19, que matou mais pessoas nos Estados Unidos do que em qualquer outro país no mundo.

    “Eu assisti Joe Biden falar ontem. Tudo o que ele fala é ‘Covid, Covid’. Ele não tem mais nada a dizer. ‘Covid, Covid'”, disse Trump à multidão, que tinha vários membros sem máscara. 

    O presidente afirmou que os Estados Unidos estão “a apenas algumas semanas” da distribuição em massa de uma vacina segura contra o novo coronavírus, que está aumentando a capacidade dos hospitais e matando até mil pessoas nos Estados Unidos a cada dia. Trump não deu detalhes para corroborar sua fala sobre uma vacina iminente.

    Em campanha no meio-oeste na sexta-feira (30), o republicano disse falsamente que os médicos ganham mais dinheiro quando seus pacientes morrem da doença, com base em suas críticas anteriores a médicos como o Dr. Anthony Fauci, o maior especialista em doenças infecciosas dos EUA. 

    Do outro lado, Biden acusou Trump de desistir da luta contra a doença, que matou quase 229 mil americanos, e o criticou por seus comentários sobre os médicos.

    “O que diabos há de errado com esse homem? Desculpe minha linguagem. Mas pense nisso. Ele pode acreditar nisso porque não faz nada a não ser por dinheiro”, disse Biden durante um comício realizado neste sábado (31) em um drive-in de Flint, Michigan, junto com o ex-presidente Barack Obama.

    Em seus argumentos finais, Biden acusou Trump de ser um valentão e criticou sua falta de estratégia para controlar a pandemia, seus esforços para revogar a lei de saúde Obamacare e seu desrespeito pela ciência sobre as mudanças climáticas. 

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