Biden vira na Geórgia e pode ficar a um delegado de ser eleito presidente
Democrata começou atrás na apuração, mas reduziu a vantagem gradualmente, conforme se contabilizavam os votos da cidade de Atlanta; contagem prossegue
O democrata Joe Biden virou a disputa na Geórgia e, se a tendência continuar, estará a apenas um delegado de conquistar os votos necessários para ser eleito presidente dos Estados Unidos. A apuração prossegue no estado, que tem 99% dos votos contabilizados.
Biden soma 49,39% dos votos (2.449.582), contra 49,37% de Trump (2.448.485).
Caso conquiste a Geórgia, Biden somará mais 16 delegados e garantirá que o republicano não consiga os 270 necessários para ser eleito. Caso vença nos outros cinco estados onde a apuração segue, Trump poderá apenas empatar, chegando também aos mesmos 269 votos.
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O cenário de empate é improvável, diante da iminente vitória de Joe Biden no Arizona, que lhe garante mais 11 votos no Colégio Eleitoral e a eleição para a Casa Branca.
Biden começou atrás na apuração na Geórgia, mas reduziu a vantagem gradualmente, conforme se contabilizavam os votos da cidade de Atlanta e o seu entorno, formado majoritariamente por condados de tendência democrata.
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A demora na apuração e a virada de Biden em alguns estados hoje são explicados pela votação por correio. Boa parte dos eleitores republicanos foi às urnas presencialmente e, por isso, tiveram votos computados primeiro. Já os eleitores de Biden votaram massivamente pelos correios, o que atrasou a computação dos votos. Conforme os votos eram contabilizados, Biden virou o jogo, primeiro em Michigan e em Wisconsin, na quarta-feira, e hoje à noite, na Geórgia.
Trump aumentou o tom das críticas ao processo eleitoral na noite desta quinta. Em discurso na Casa Branca, Trump acusou os democratas de manipularem a eleição e afirmou ter “muitas provas” disso, embora não tenha apresentado nenhuma.
“Queremos uma eleição honesta, contagem honesta e pessoas honestas. É assim que os Estados Unidos ganharão, acreditamos que ganharemos com facilidade essa eleição”, disse. “Vai haver muito litígio porque temos muitas provas. A Suprema Corte, a autoridade mais alta, será envolvida, porque não podemos permitir que essa eleição seja roubada de nós”.
Mais cedo, juízes do Michigan e da Geórgia haviam rejeitado pedidos da campanha republicana para paralisar a apuração. Restam processos em Nevada e em Wisconsin – este último para recontar os votos da eleição nos estados.