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    Biden vence no Wisconsin e aguarda votos pelo correio em estados-chaves

    Joe Biden discursa em Wilmington, no estado norte-americano de Delaware, na madrugada desta quarta-feira (4)
    Joe Biden discursa em Wilmington, no estado norte-americano de Delaware, na madrugada desta quarta-feira (4) Foto: Brian Snyder - 4.nov.2020/Reuters

    Murillo Ferrari, da CNN, em São Paulo

    O candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, venceu a disputa no estado do Wisconsin, onde obteve 49,4% dos votos contra 48,8% do atual presidente, o republicano Donald Trump, com 99% das urnas apuradas. 

    Dessa forma, Biden conquistou os 10 delegados do estado no Colégio Eleitoral e ampliou para 237 seu total de votos no órgão que, efetivamente, determina o presidente do EUA – Trump está com 213 delegados até as 17h (horário de Brasília).

    São necessários 270 votos no Colégio Eleitoral para conquistar a presidência.

    O Wisconsin é o primeiro estado nesta eleição que voltou a ser azul (democrata) depois de ter migrado para vermelho (republicano) em 2016 com a vitória de Trump – entre 1988 e 2012, o candidato democrata sempre venceu no estado. 

    O estado é o primeiro desta eleição que deixou de ser vermelho (republicano) e passou a ser azul (democrata) em comparação com o resultado de 2016. A campanha de Trump anunciou que irá pedir a recontagem de votos no estado.

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    Estados decisivos

    O ex-vice-presidente norte-americano também aposta que os votos emitidos antecipadamente pelos correios – e que serão contabilizados ao longo dos próximos dias – o ajudarão a virar a disputa em alguns estados-chave, o que poderia concretizar seu caminho rumo a vitória.

    Até a manhã desta quarta-feira (4), o democrata aparecia atrás do republicano na Pensilvânia (55,1% para Trump e 43,6% para Biden, com 75% de apuração), na Carolina do Norte (50,1% para Trump e 48,7% para Biden, com 95% das cédulas apuradas) e na Geórgia (50,5% para Trump e 48,3% para Biden, com 92% dos votos apurados).

    Por outro lado, Biden mantinha uma pequena margem de vantagem em Nevada (49,3% contra 48,7% de Trump, com 86% de apuração), onde Hillary Clinton obteve uma ampla vitória há quatro anos.

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    Biden também lidera no Arizona, com 51% dos votos — e 86% dos votos apurados. A impopularidade de Trump e o rápido desenvolvimento do estado – com a crescente população latina e o influxo de aposentados do meio-oeste e de outras partes do país – tornaram os resultados no Arizona difíceis de prever neste ano em comparação com 2016, quando Trump venceu Hillary Clinton por 49% a 45,5%.

    Essas mudanças demográficas, que aceleraram a transformação do estado de um território republicano tradicional para uma área democrata, favoreceram a campanha de Biden, que obteve boa votação em Phoenix e seus subúrbios, onde está concentrada a maioria dos eleitores do estado.

    No começo da madrugada, ao falar com seus apoiadores, o democrata disse acreditar que sua campanha estava no “caminho certo para vencer esta eleição”.

    O ex-vice-presidente ressaltou, no entanto, que não cabia a ele ou a Trump decidir o vencedor da eleição e que os todos votos seriam contados. “Mantenham a fé, vamos vencer”, afirmou Biden.

    Resultados podem demorar dias

    Milhões de cédulas ainda estão pendentes de contagem nos estados de Michigan, Pensilvânia e Wisconsin, muitas delas enviadas pelos correios, e há a expectativa de que favoreçam, principalmente, os democratas.

    Autoridades eleitorais nos estados do meio-oeste tentaram preparar o público na noite de terça-feira para a probabilidade de que uma contagem continuaria durante a noite e poderia se estender desta quarta-feira até o final desta semana.

    As autoridades de Michigan preveem um total recorde de participação – com mais de 3 milhões de votos emitidos antecipadamente  – e esperam que as cédulas contadas durante a noite possam dar uma ideia do resultado não oficial até 24 horas após o encerramento das eleições.

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    A Pensilvânia, considerada uma das apurações decisivas, pode sofrer alguns dos maiores atrasos, não apenas por causa de sua cédula muito complexa com seus envelopes internos e externos, mas também porque os funcionários eleitorais não foram autorizados a começar a contar os votos por correio antecipadamente.

    Em Wisconsin, alguns resultados na área-chave de Milwaukee – que tendem a favorecer Biden – só começaram a ser computados nesta quarta-feira (4).

    Em todo o país, os funcionários dos órgãos eleitorais contam mais de 100 milhões de votos dados antes do dia da eleição, de acordo com projeção CNN, Edison Research e Catalist.

    (Com informações de Maeve Reston e Stephen Collinson, da CNN)