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    A 17 delegados da vitória, Biden diminui diferença para Trump em estados-chave

    Na Pensilvânia e Geórgia, os dois maiores colégios eleitorais ainda em disputa, democrata se aproximou do republicano nas últimas horas

    O candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Joe Biden
    O candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Joe Biden Foto: Kevin Lamarque/Reuters (4.nov.2020)

    Diego Freire e Murillo Ferrari, da CNN, em São Paulo

    Após a confirmação da vitória de Joe Biden no Michigan, que levou o democrata a 253 delegados do colégio eleitoral – 17 a menos que o necessário para ser confirmado como novo presidente –, os Estados Unidos aguardam resultados de 6 dos 50 estados para encerrar a contagem de votos: Alasca, Arizona, Carolina do Norte, Geórgia, Nevada e Pensilvânia.

    Acompanhe a contagem de votos em tempo real

    Durante a noite da quarta-feira (4) e a madrugada desta quinta (5), as atenções se voltaram especialmente a dois estados onde Trump ainda lidera, mas Biden apresenta tendência de crescimento e mostra chances de reverter a desvantagem: a Geórgia e a Pensilvânia, os dois maiores colégios eleitorais ainda em aberto.

    Veja como está a situação nestes estados que decidirão a eleição presidencial nos EUA:

    Arizona

    No Arizona, com 86% das apurações, Biden tem 50,5% dos votos (1.469.341) ante 48,1% de Trump (1.400.951). 

    Joe Biden tem uma vantagem de 69 mil votos na contagem da CNN. Maricopa – o mais populoso do estado e onde se localiza a cidade de Phoenix – divulgou o segundo de dois novos conjuntos de votos prometidos na noite de quarta-feira, diminuindo a liderança de Biden em pouco mais de 10 mil votos. 

    Durante a madrugada, protestos de apoiadores do republicano questionando as contagens trouxeram tensão à do escritório eleitoral do condado.

    Nesta quinta-feira (5), Maricopa informou no Twitter que restam 275 mil votos para serem apurados e que próxima atualização será às 21h (23h, em Brasília). 

    Além disso, segunda maior parcela de votos vem do condado de Pima, de tendência democrata. O site do estado dizia, na noite de quarta, que faltam 46 mil votos para serem contados em Pima

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    Geórgia

    No estado, que representa 16 votos de delegados no colégio eleitoral, 96% dos votos foram contabilizados.

    Pela parcial, Trump lidera com 49,6% (2.431.724 votos) contra 49,2% de Biden (2.413.184 votos) – uma diferença de cerca de 18 mil votos que, às 22h da quarta, era de 47 mil

    Biden avança à medida em que são contabilizadas cédulas nos arredores de Atlanta, capital do estado. Na região que engloba a cidade, o democrata tem vantagens expressivas em condados como DeKalb (onde tem 83,1% dos votos parciais) e Fulton (com 72,5%).

    Fulton adicionou nesta quinta-feira (5) 8,3 mil cédulas à sua contagem, reduzindo ainda mais a liderança de Trump no estado. O maior condado da Geórgia ainda tem, pelo menos, 7.564 cédulas restantes para contar.

    É importante lembrar que a Geórgia pode ser o próximo alvo para o presidente Trump solicitar uma recontagem. A CNN relatou que uma fonte familiarizada com o assunto disse que se o resultado na Geórgia for decidido por uma pequena margem, e se Trump perder, certamente vai pedir uma recontagem.

    Nevada

    Em Nevada, a parcial com 86% dos votos contabilizados mostra Biden à frente com 49,3% (588.252 votos) contra 48,7% de Trump (580.605).

    O Condado de Clark, onde fica Las Vegas, tem, de longe, a maior parcela de votos em Nevada. E é justamente para lá que, depois de um dia inteiro sem atualizações do condado e do estado em geral, todos a atenção se ao meio-dia (14h, em Brasília), quando devem ser divulguadas novas atualizações.

    Pensilvânia

    Na Pensilvânia, onde estão em disputa 20 delegados, a contagem já soma cerca de 89% dos votos e mostra uma diferença de aproximadamente 164 mil votos entre os dois candidatos: Trump na liderança com 50,7% (3.215.969 votos), mas seguido de perto por Biden com 48,1% (3.051.555).

    O estado ainda tem cerca de 750 mil cédulas enviadas pelos correio para serem contadas, de acordo com o site da Secretaria de Estado da Pensilvânia, embora este número não tenha sido atualizado recentemente. 

    A Pensilvânia é o estado natal de Biden e seu crescimento é impulsionado pela votação nos maiores centros urbanos. Se no condado de Lackawanna – onde está localizada Scranton, cidade onde Biden nasceu – a vantagem do democrata é de 53,6% contra 45,2%; nos condados das maiores cidades do estado Biden aparece ainda mais à frente: em Pittsburgh, ele ganha por 58,7% a 39,7%; e na Filadélfia (onde reside a maior parte dos eleitores) a vantagem atual é de 79,4% a 19%.

    O condado de Allegheny, que inclui Pittsburgh, terminou a tabulação das cédulas de votação à distância e pelo correio. Autoridades dizem que o condado vai retomar a tabulação dos votos presenciais de vários distritos ainda na manhã desta quinta.

    Segundo especialistas, uma das explicações para o crescimento de Biden é a contagem dos votos pelo correio, muitos deles enviados antes de 3 de novembro, que seriam em maior parte de eleitores democratas.

    A exemplo do que fez durante toda a campanha, Trump voltou a questionar o voto pelo correio horas após o fechamento das urnas e disse que recorreria à Suprema Corte por considerar que há uma “fraude” no crescimento de Biden conforme a contagem avança. 

    Outros estados

    Viradas também são possíveis nos outros quatro colégios eleitorais que ainda não finalizaram suas contagens, à medida em que a maioria deles ainda apresenta diferenças apertadas. Cada candidato lidera em dois dos estados restantes.

    Na Carolina do Norte, com 95% das cédulas já contabilizadas, Trump lidera às 6h (de Brasília) com 50,1% (2.732.120 votos) contra 48,7% de Biden (2.655.383) – diferença de cerca de 76 mil votos. O estado representa 15 votos do colégio eleitoral.

    Trump também está à frente no Alaska, um estado menos visado por representar poucos votos no colégio eleitoral (apenas 3) e o que tem a contagem mais atrasada. Com 47% apurado, o republicano tem 62,9% dos votos (108.231) ante 33% do democrata (56.849).

    (Com informações de Ross Levitt e Kevin Bohn, da CNN)