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    Eleições no México: principais candidatas debatem segurança em último debate

    Quem for eleita para o mandato de seis anos será a primeira mulher a se tornar presidente no país

    Candidata presidencial do partido governista mexicano Morena, Claudia Sheinbaum, em último debate antes das eleições, na Cidade do México
    Candidata presidencial do partido governista mexicano Morena, Claudia Sheinbaum, em último debate antes das eleições, na Cidade do México 19/05/2024REUTERS/Quetzalli Nicte-Ha

    David Alire Garciada Reuters

    Cidade do México

    As principais candidatas à Presidência do México se enfrentaram no domingo (19) em um debate focado na segurança pública. A candidata do partido governista defendeu a política do atual presidente, em meio a duras críticas sobre níveis recordes de crimes violentos.

    A ex-prefeita da Cidade do México e candidata govenista, Claudia Sheinbaum, prometeu dar continuidade às políticas de segurança, em grande parte não conflituosas, do presidente Andrés Manuel López Obrador, ao mesmo tempo em que também elogiou seu histórico de combate ao crime como líder da capital.

    “Sou a única que pode mostrar resultados em termos de segurança”, disse Sheinbaum, argumentando que a taxa de homicídios sob seu comando diminuiu, pois ela contratou mais policiais e, ao mesmo tempo, apoiou programas sociais voltados para o que ela descreveu como o alívio das causas subjacentes do crime.

    Sheinbaum comandou a Cidade do México de 2018 a 2023, quando deixou o cargo para concorrer à Presidência, e no início de sua carreira atuou como ministra do Meio Ambiente da capital sob o comando do então prefeito Lopez Obrador.

    Sua principal oponente, Xóchitl Gálvez, contestou o histórico de Sheinbaum como prefeita, alegando que os assassinatos na verdade aumentaram devido a um número desproporcionalmente maior de mortes em que nenhuma causa foi oficialmente divulgada.

    Gálvez, um senadora que representa uma coalizão de partidos de esquerda e direita que já dominou a política mexicana, atacou repetidamente o partido governista Morena por fazer vista grossa à ilegalidade, especialmente aos crimes violentos causados pelas poderosas gangues de drogas do país.

    “O país está pegando fogo por causa do pacto que todos vocês têm com os criminosos”, disse Gálvez, lembrando-se de quando López Obrador cumprimentou calorosamente a mãe de Joaquín “El Chapo” Guzmán, chefão das drogas preso em 2019.

    Gálvez ridicularizou Sheinbaum repetidamente como “a candidata das mentiras”, exibindo um gráfico que mostrava sua oponente com um nariz no estilo Pinóquio, e prometeu dar continuidade aos generosos programas de gastos sociais estabelecidos por López Obrador.

    O debate foi realizado apenas duas semanas antes de os eleitores irem às urnas em 2 de junho, em uma eleição que, durante meses, tem tido Sheinbaum como a favorita por uma vantagem de dois dígitos na maioria das pesquisas de opinião.

    Quem for eleita será a primeira mulher presidente do México, onde os presidentes são limitados por lei a um único mandato de seis anos.

    Um terceiro candidato também dividiu o palco com as duas principais candidatas — Jorge Álvarez Máynez, um ex-legislador estadual de 38 anos do partido centrista Movimento Cidadão.