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    “É preciso que alguém busque alternativa”, diz Celso Amorim sobre guerra da Ucrânia

    Chefe da assessoria especial da Presidência vê “reações positivas” ao papel adotado por Lula de tentar acordo com a Rússia

    Daniela Lima

    Chefe da assessoria especial de Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-chanceler e ex-ministro da Defesa, Celso Amorim, disse à CNN que vê “reações positivas” à decisão do presidente brasileiro de empunhar a bandeira da construção de um acordo que cesse a guerra da Rússia na Ucrânia.

    Moscou afirmou, na manhã desta terça (23), que Putin analisa as propostas de Lula “de encontrar caminhos políticos” para conter a escalada da guerra na Ucrânia.

    Amorim falou à reportagem nesta quinta (23) após aprovação em Assembleia Geral da ONU de documento que condena a invasão da Ucrânia e reafirma a carta das Nações Unidas, mas menciona, a pedido do Brasil, um apelo para a “cessação de hostilidades”.

    “O que o presidente Lula tem dito é que a invasão da Ucrânia foi um erro, um erro histórico e político. A Rússia errou, e seu erro não pode ser recompensado, mas nossa posição é a de preocupação com a manutenção de uma guerra que se arrasta há um ano”, diz Amorim.

    Conselheiro de Lula sobre a política internacional, o diplomata afirma que a posição adotada pelo presidente brasileiro “não é fácil”, mas que é preciso que “alguém fale em buscar alternativas”.

    “Um acordo, obviamente, é a busca de uma solução que não será totalmente satisfatória para nenhum dos dois lados envolvidos”, avalia. Amorim menciona ainda a alegada disposição da China de também apresentar propostas de um cessar-fogo. “Quanto mais propostas, melhor.”

    Amorim diz que nada será colocado na mesa até que “não haverá proposta concreta até que fale com todos os atores”, mas que tanto a votação de hoje na ONU, quanto as posições externadas por Moscou e Pequim são sinais positivos.