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    É hora de reformar o Conselho de Segurança, diz secretário-geral da ONU

    António Guterres também defendeu a reestruturação do Fundo Monetário Internacional (FMI)

    Sakura Murakamida Reuters

    O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou neste domingo (21) que é hora de reformar o Conselho de Segurança e da Conferência de Bretton Woods – responsável pela criação do Fundo Monetário Internacional (FMI) – para se alinhar com as “realidades do mundo de hoje”.

    Durante coletiva de imprensa em Hiroshima, no Japão, onde foi realizada a reunião da cúpula do G7, Guterres disse que ambas as instituições refletem as relações de poder de 1945 e precisam ser atualizadas.

    “A arquitetura financeira global tornou-se ultrapassada, disfuncional e injusta”, disse ele. “Diante dos choques econômicos da pandemia de Covid-19 e da invasão russa da Ucrânia, ela falhou em cumprir sua função principal como rede de segurança global”.

    Guterres também falou sobre como sentiu que na cúpula do G7 havia uma consciência crescente entre os países em desenvolvimento de que não estava sendo feito o suficiente para reformar instituições obsoletas ou “remover as frustrações” do Sul Global.

    A economia da Índia crescerá mais de 6% neste ano e no próximo, apontou o FMI em seu relatório World Economic Outlook em janeiro.

    A China e a Índia juntas representarão cerca de 50% do crescimento mundial em 2023, disse na época o economista-chefe do FMI e diretor do departamento de pesquisa, Pierre-Olivier Gourinchas.

    A influência econômica do G7 também encolheu nos últimos 30 anos, respondendo por 29,9% do PIB global em 2023, em comparação com 50,7% em 1980, segundo o FMI.

    “Vamos ver agora qual é o impacto das discussões que foram realizadas aqui em Hiroshima”, disse Guterres. “Os membros do G7 puderam discutir com algumas das mais importantes economias emergentes do mundo.”

    O Japão, anfitrião do G7, fez questão de convidar figuras do chamado Sul Global para Hiroshima para conversas. Os convidados incluíram o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o presidente da Indonésia, Joko Widodo.

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