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    É a mais grave crise militar desde a Guerra Fria, diz professor sobre tensão na Ucrânia

    Em entrevista à CNN, coordenador do curso de Relações Internacionais da USP, Felipe Loureiro, explicou que diminuíram as chances de uma saída diplomática para o conflito

    Léo LopesEster CassaviaElis Francoda CNN

    em São Paulo

    Em meio à crescente tensão na fronteira entre Rússia e Ucrânia e a ameaça iminente de invasão em larga escala, uma série de países já pediram para seus cidadãos deixarem o território ucraniano.

    O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tem previsto uma conversa por telefone com o presidente russo, Vladimir Putin, neste sábado (12). A conversa telefônica entre os dois será a primeira desde o final de dezembro.

    Em entrevista à CNN neste sábado (12), coordenador do curso de Relações Internacionais da USP, Felipe Loureiro, disse que a situação na fronteira ucraniana e a tensão envolvendo Rússia e Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) é “a mais grave crise militarizada entre grandes potências desde o final da Guerra Fria”.

    “Estamos diante de um momento histórico”, completou.

    O professor explica que, no início da semana, havia sido criado uma esperança de que a crise seria pacificada e resolvida por uma saída diplomática. Loureiro cita a ida do presidente francês Emmanuel Macron a Moscou.

    “Não era uma saída fácil, mas uma saída que poderia ser construída. Mas, nos últimos dias, os sinais foram muito negativos e a possibilidade de um conflito infelizmente aumentou”, ressalta.

    Ele argumenta que uma guerra geraria perdas para todos os lados.

    “A Rússia é uma economia bastante integrada ao Ocidente. Sanções econômicas ou financeiras certamente respingariam de forma bastante significativa na Europa e mesmo nos Estados Unidos”, disse.

    Por isso, no ponto de vista do professor, a saída para a Otan é convencer Putin das consequências econômicas de uma invasão militar.

    “É muito importante que, nas conversas deste sábado, Putin entenda que os custos de uma invasão são muito superiores ao de uma não invasão”, afirmou Loureiro.