Donos de restaurantes fazem greve de fome contra lockdown em Portugal
Proprietários de bares e baladas também participam do movimento, que já está no quinto dia
Nove proprietários de restaurantes, bares e clubes noturnos iniciaram um quinto dia de greve de fome, nesta terça-feira (1º), diante do Parlamento de Portugal em protesto contra as restrições do coronavírus.
“Precisamos de apoio para manter a cabeça fora da água”, disse Alberto Cabral, dono de um clube noturno.
Os manifestantes, que acamparam na frente do Legislativo e vivem à base de água, chá ou café doados por seus apoiadores, dizem que não comerão até serem recebidos pelo primeiro-ministro e pelo ministro da Economia.
Mais um dono de negócio se uniu à greve no domingo (29).
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Bares e clubes noturnos estão fechados desde março, e embora os restaurantes tenham tido permissão para reabrir em maio, um toque de recolher e um lockdown de final de semana em vigor na maior parte do país desde 8 de novembro revoltaram donos de restaurantes, que disseram que muitos de seus estabelecimentos não sobreviverão a este ano.
“São só falências, falências”, disse o dono de restaurante João Sotto Mayor. “Muitos negócios dependem desta época… é incrivelmente importante que no próximo final de semana voltemos aos horários de abertura normais.”
Uma petição virtual do movimento por trás da greve está ganhando ímpeto, já tendo coletado quase 45 mil assinaturas e recebendo várias milhares a cada hora.
Para compensar os lockdowns de final de semana, o governo ofereceu aos restaurantes 20% de seus rendimentos entre janeiro e outubro deste ano, mas os proprietários dizem que isso não chega nem perto de bastar.
Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, Portugal registra até esta terça (1º) 300.462 casos e 4.577 mortes pela Covid-19.