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    Donald Trump: uma campanha para convencer que ele é capaz de reerguer os EUA

    Trump quer convencer os americanos de que pode trazer o nível de emprego de volta ao que o país vivia antes da pandemia do novo coronavírus

    Marcelo Favalli, da CNN, em São Paulo

    Donald Trump é o candidato do Partido Republicano a presidente dos Estados Unidos. No comando da Casa Branca desde janeiro de 2017, Trump se tornou um personagem nacional como empresário e apresentador de televisão.

    O presidente flertou com a política algumas vezes ao longo das últimas décadas, levando a empreitada ao cabo pela primeira vez em 2016, quando venceu as prévias republicanas e se elegeu para o cargo derrotando Hillary Clinton no Colégio Eleitoral.

    O principal mote da candidatura republicana é uma repetição da vitória conquistada quatro anos atrás.

    Trump quer convencer os americanos de que ele é capaz de trazer o nível de emprego nos Estados Unidos de volta ao que o país vivia antes da pandemia do novo coronavírus. O atual vice-presidente Mike Pence concorre ao lado de Trump, repetindo a chapa eleita em 2016.

    A recuperação do país

    O slogan de campanha continua o mesmo. “Let’s Make America Great Again”, ou em português, “vamos fazer os Estados Unidos serem grandes novamente”. Afinal, não se mexe em time que está ganhando.

    Acostumado com superlativos, Donald Trump usa os históricos índices de emprego para dizer que ele foi o homem certo, na hora certa. Para ele, estas serão as mais importantes eleições que já aconteceram nos Estados Unidos.

    O próximo presidente terá de conter a maior retração da economia em mais de 70 anos. A previsão é de que o PIB americano encolha 32,9% em doze meses. Jamais Wall Street viu números tão negativos.

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    O vice-presidente Mike Pence trabalha para difundir a ideia de que um segundo mandato republicano é fundamental para a recuperação do país. A justificativa? A continuidade do projeto republicano de geração de empregos.

    A fórmula de Trump permanece a mesma: pressionar grandes marcas a trazerem suas linhas de produção de volta parao território americano. O resultado dessa política no primeiro mandato foi sentido no final do ano passado, quando o desemprego chegou a apenas 3,5% dos trabalhadores — uma taxa historicamente baixa.

    Economia

    Os acordos comerciais serão uma das alavancas da retomada do crescimento. E a China, por incrível que pareça, vai desempenhar um papel fundamental.

    Em meados de janeiro, Washington e Pequim concordaram em suspender uma guerra comercial que se arrastou por dois anos. E a trégua entre as potências foi assinada justamente na semana em que trump apresentava aos eleitores seu plano de governo.

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
    Foto: Tom Brenner – 23.set.2020 / Reuters

    A resolução abre caminho para que os chineses comprem mais US$ 200 bilhões em bens e serviços dos americanos, um valor alto, que se soma aos mais de US$ 500 bilhões que compõem a maior balança comercial entre dois países, em todo o mundo.

    Saúde

    O primeiro ato de Donald Trump após a posse em 2017 foi revogar o “obamacare”, plano criado pelo antecessor Barack Obama. 

    O republicano classificava a lei como “desastrosa”, alegando que os custos com seguro saúde para a classe média haviam subido muito, principalmente por causa da obrigação do americano em assinar um contrato com uma empresa do estado em que ele reside.

    A versão de trump, batizada de “medicare”, dá ao americano maior poder de escolha, o que controla o valor do serviço por meio da lei de oferta e procura./

    Imigração

    Donald Trump mantém firme a ideia de erguer um muro entre a fronteira dos estados unidos com o méxico.

    A bem da verdade, a barreira já existe.

    O que o presidente não deixa muito claro é que ele se esforça para conseguir fundos e concluir a muralha.

    Desde a posse em janeiro de 2017, Trump assegurou praticamente US$ 10 bilhões para terminar a empreitada. Até recursos financeiros do Pentágono foram mobilizados, mas nos primeiros três anos de governo, o projeto avançou somente cento e seis quilômetros.

    Uma bandeira da administração Trump foi a extinção do programa conhecido como Dreamers (“sonhadores”, em português), que concedia a cidadania americana a quem imigrou ilegalmente para os estados unidos ainda na infância.

    O recurso só está sendo mantido por uma ordem da suprema corte, que julgou arbitrário o decreto do presidente que pretendia acabar com o benefício. Trump acalmou parte da opinião pública ao garantir que a norma vai vigorar até, pelo menos, julho de 2021. 

    Lei e ordem

    O discurso “linha dura” contra quem não respeita a constituição apareceu ainda na campanha do primeiro mandato.

    Em três anos e meio, Donald Trump teve muitas oportunidades de aplicar “o punho firme”, que ele tanto citou nos discursos.

    Quando os protestos após a morte de George Floyd, em maio deste ano, se espalharam pelo país e terminaram em destruição, o presidente agiu com força militar. Não sobraram críticas para os governadores que recusaram a ajuda da Força Nacional.

    Segurança e Defesa sempre foram pautas prioritárias para os republicanos. As promessas passam pela constante modernização do Exército e benefícios aos veteranos. Na gestão de Trump, as Forças Armadas — inclusive — ganharam uma unidade de proteção especial.

    As discussões sobre a reformulação da política, principalmente depois dos casos de violência contra suspeitos negros foram duramente rechaçadas pelo presidente. Donald Trump mantém o apoio às equipes de segurança pública dizendo que o governo tem de honrar “homens e mulheres de uniforme”.

    E claro, o clássica tema sobre “posse de armas”. Sobre isso, Donald Trump é categórico: o direito está previsto na segunda emenda constitucional. E ponto final.

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