Distúrbios em prisão feminina deixam 41 detentas mortas em Honduras
Autoridades informam que a maioria das vítimas morreu por queimaduras ou fuzilamento; mortes teriam sido resultado de confronto entre gangues rivais
Ao menos 41 detentas de uma prisão feminina em Honduras morreram nesta terça-feira (20) em um incidente que, segundo familiares, pode ter sido desencadeado por um confronto entre integrantes de gangues rivais.
O porta-voz do Ministério Público, Yuri Mora, disse em entrevista por telefone que o número inicial de 25 mortes no Centro Feminino de Adaptação Social, localizado a cerca de 20 quilômetros de Tegucigalpa, foi atualizado para 41, e detalhou que as vítimas morreram “em sua maioria queimadas e outras fuziladas”.
O funcionário não deu detalhes sobre a origem da violência porque deve ser informado pelo Instituto Penitenciário após as investigações, esclareceu.
As autoridades trabalham para identificar os corpos, disse o porta-voz Mora, em meio a notícias da mídia local de que uma rebelião estourou no presídio localizado a cerca de 20 quilômetros de Tegucigalpa, a capital do país.
Parentes dos presos correram para o lado de fora da prisão para saber sobre a situação de seus familiares. O centro possui uma sala onde vivem 23 crianças que são filhos das presas, segundo Evelyn Escoto, comissária do Centro Nacional de Prevenção à Tortura, Tratamento Cruel, Desumano ou Degradante (Conaprev).
Honduras tem uma longa história de violência em suas prisões superlotadas, entre os mais conhecidos está um incêndio ocorrido em fevereiro de 2012 que deixou 360 mortos e posteriormente foi declarado acidental por especialistas norte-americanos.
(Reportagem de Gustavo Palencia e Isabel Woodford)