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    Diagnóstico de Trump para Covid-19 influencia campanha presidencial nos EUA?

    Professor da USP afirma que presidente deve deixar de fazer eventos presenciais, o que poderá afetar a campanha do republicano

    Jéssica Otoboni, , da CNN, em São Paulo

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (2) que ele e a primeira-dama, Melania, estão infectados com o novo coronavírus. À CNN, Felipe Loureiro, professor associado do Instituto de Relações Internacionais da USP, disse que é até surpreendente que o mandatário não tenha contraído a doença antes, já que vem fazendo muitos comícios com aglomerações e sem usar máscara.

    “Vai ter um impacto muito significativo na campanha eleitoral”, afirmou Loureiro. “O presidente Trump tem uma tendência a realizar vários tipos de eventos presenciais. Isso é extremamente importante para a energização da base eleitoral trumpista, e ele vem tendo uma agenda muito intensa nesse sentido.”

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    O presidente dos EUA, Donald Trump, e a primeira-dama, Melania, em Cleveland
    O presidente dos EUA, Donald Trump, e a primeira-dama, Melania, em Cleveland
    Foto: Carlos Barria – 29.set.2020 / Reuters

    Com a contração do vírus, esse tipo de evento, tão importante para o republicano, não pode mais acontecer, explicou.

    Loureiro destacou que a estratégia eleitoral do presidente norte-americano até o momento tem sido minimizar a doença nos EUA. “A campanha de Trump vem de maneira muito intensa tentando colocar a pandemia como um problema do passado, tirando o foco da discussão da pandemia”, disse. 

    No entanto, com o diagnóstico positivo do republicano para a Covid-19, “fica evidente que a pandemia é uma realidade nos EUA e vai afetar a economia”, já que esta não vai poder ser reaberta com a velocidade que Trump gostaria.

    O professor ressalta que este é o motivo pelo qual os mercados financeiros estão tão nervosos com a notícia sobre a infecção do presidente.

    Até o momento, os EUA têm 7,2 milhões de casos de Covid-19 e mais de 207 mil mortes, de acordo com a Universidade de Medicina Johns Hopkins.

    À CNN, Fernanda Magnotta, coordenadora do curso Relações Internacionais FAAP, afirmou que o diagnóstico coloca a Covid-19 no centro do debate, o que não é bom para Trump, devido aos impactos da doença, que já deixou mais de 200 mil mortos no país. 

    Fernanda ainda vê a possibilidade do republicano “tentar capitalizar em cima de diagnóstico da Covid-19”, mas ressaltou que ainda é cedo para avaliar isso, já que “tem que ver como a doença vai se manifestar nele”.

     

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