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    Departamento de Estado dos EUA nega ter oferecido anistia a Maduro

    Jornal Wall Street Journal afirmou que Estados Unidos tentavam negociar saída do presidente venezuelano do poder

    Jennifer Hanslerda CNN

    O Departamento de Estado dos Estados Unidos negou ter oferecido anistia ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. “Isso não é verdade. Não fizemos nenhuma oferta de anistia a Maduro ou a outros desde esta eleição”, disse o vice-porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel, nesta segunda-feira (12).

    A resposta de Patel surge depois do Wall Street Journal ter assegurado no domingo (11), citando fontes próximas das conversas, que, após as eleições na Venezuela, nas quais Maduro foi declarado vencedor sem apresentar provas, a administração Biden ofereceu anistia ao presidente venezuelano deixar o poder.

    Em março de 2020, os Estados Unidos apresentaram acusações criminais por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro contra Maduro e estabeleceram uma recompensa de 15 milhões de dólares por informações que levassem à sua captura. O presidente venezuelano negou as acusações.

    O Conselho Nacional Eleitoral proclamou vencedor o presidente venezuelano, mas até o momento não publicou os resultados separados por centro e posto de votação que apoiam o anúncio.

    Patel acrescentou que “este é o momento” para os partidos na Venezuela “discutirem uma transição respeitosa e pacífica, de acordo com a lei eleitoral e os desejos do povo venezuelano”.

    O vice-porta-voz do Departamento de Estado reiterou ainda que “os Estados Unidos estão considerando várias opções para pressionar Maduro para que a Venezuela regresse ao caminho democrático”, mas sublinhou que esta é uma responsabilidade do presidente venezuelano e das autoridades eleitorais, que devem “ter clareza sobre os resultados eleitorais”.

    Um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA disse à CNN no domingo (11) que estão em contato com aliados regionais e internacionais para “encontrar uma solução para este impasse eleitoral”.

    Nas últimas semanas, o governo brasileiro se ofereceu como mediador no conflito pós-eleitoral na Venezuela.

    Juntamente com os governos da Colômbia e do México, emitiram uma declaração conjunta na qual afirmaram “absoluto respeito pela soberania da vontade do povo da Venezuela” e exigiram progressos rápidos para conhecer os dados discriminados por estação de voto.

    No fim de semana, o chanceler da Colômbia, Luis Gilberto Murillo, anunciou que esta semana poderá haver um encontro virtual entre Maduro, Gustavo Petro, Lula da Silva e Andrés Manuel López Obrador.

    Durante a conferência de imprensa, Patel ainda disse que o governo dos EUA rejeita o aumento da violência na Venezuela, as detenções em massa e a repressão dos venezuelanos, incluindo membros da oposição.

    Segundo a organização não governamental venezuelana Foro Penal, pelo menos 1.300 pessoas foram detidas na Venezuela desde que eclodiram os protestos, depois de o Conselho Nacional Eleitoral ter declarado Maduro o vencedor das eleições presidenciais sem ter apresentado os resultados eleitorais.

    O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, informou que 25 pessoas morreram em consequência dos protestos registados desde 28 de julho.

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