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    Debate presidencial na Argentina: analistas comentam desempenho dos candidatos

    Evento foi dividido em quatro blocos: economia, educação, direitos humanos e convivência democrática, além de questões entre os cinco candidatos

    Ignacio Grimaldida CNN

    Javier Milei, do La Libertad Avanza; Patricia Bullrich, de Juntos pela Mudança; Sergio Massa, da União pela Pátria; Juan Schiaretti, de Fazemos pelo Nosso País; e Myriam Bregman, da Frente de Izquierda Unidad, estiveram frente a frente no primeiro debate presidencial da Argentina.

    O evento foi dividido em quatro blocos: economia, educação, direitos humanos e convivência democrática e questões entre os cinco candidatos.

    Massa e Milei foram os dois candidatos mais confrontados durante o debate.

    Confrontos entre os presidenciáveis no primeiro debate na Argentina / Jhasua Razo/CNN

    Quem ganhou? Quem perdeu? A CNN consultou quatro analistas políticos para tentar responder a essas questões.

    Veja também: Argentina zera impostos antes das eleições

    • Carlos Fara

    Para Carlos Fara, “acho que não houve vencedores”.

    Sobre o desempenho de Milei, ele explica que “foi ele quem menos teve que arriscar e manteve seu lugar”.

    Em relação a Bullrich, considerou que “faltou-lhe criatividade”. Ela, junto com Massa, eram quem, segundo a visão de Fara, “deveriam arriscar mais”. Sobre o ministro da Economia, disse que “defendeu-se o melhor que pôde”.

    Quanto a Bregman e Schiaretti, afirmou que “isso os ajudou a ganhar visibilidade, mas não distorceu o esquema do debate”.

    • Frederico Aurélio

    Frederico Aurélio acha que “não houve evolução de nenhum dos candidatos ou nenhum deles foi atingido o suficiente para acreditar que poderia ganhar ou perder votos”.

    Consequentemente, Aurélio entendeu que “Massa teve sucesso porque deveria ter sido gravemente atingido, mas não foi o caso”.

    Numa lógica de pensamento semelhante, o analista também indicou que Milei se beneficiou porque “superou o risco de perder a paciência” já que, segundo ele, estava tranquilo.

    Sobre Bullrich, Aurélio observou que ela era “preguiçosa” na questão econômica com argumentos ou demonstração de “atributos mais aplicáveis ​​a um ministro da segurança do que a um candidato presidencial”.

    Em relação a Bregman, o analista destacou sua oratória mas, assim como Schiaretti, não foram o foco principal de interesse.

    • Maria Esperança Casullo

    “Acho que nos debates há menos votos que ganham do que aqueles que perdem votos”, disse Maria Esperança Casullo.

    A analista observou Milei “mais moderado no estilo”, sem gritar, embora “não mais moderado nas posturas”.

    Por sua vez, indicou que Massa “seguiu o seu roteiro” e considerou que “Bullrich era o mais fraco”.

    • Carlos Germano

    Diferentemente dos anteriores, Carlos Germano elogiou o desempenho de Schiaretti. “Ele aproveitou muito bem e se diferenciou dos demais ao falar da política do interior do país.”

    O analista destacou ainda Bullrich, a quem elogiou por ter se manifestado “com sucesso nas questões que mais dúvidas causaram desde as eleições primárias até hoje, que é a questão econômica”.

    Em relação a Massa, Germano indicou que “foi muito difícil para ele explicar porque é que a inflação vai diminuir no futuro, sendo ministro da Economia durante um ano com pobreza e inflação muito fortes”.

    Sobre Bregman, ele identificou que ela poderia ter sido a protagonista da “frase mais viral” ao classificar Milei como uma “gatinha fofinha” e não como um “leão”, como o libertário chama seus seguidores.

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