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    De Tóquio a Nova York, milhares protestam contra invasão da Ucrânia

    Polícia russa deteve 1.667 pessoas em 53 cidades, segundo o monitor de direitos OVD-Info; Seiscentos foram presos apenas em Moscou, informou a agência de notícias Tass

    Da Reuters

    Manifestantes saíram em praças públicas e do lado de fora das embaixadas russas em cidades de Tóquio a Tel Aviv e Nova York, nesta quinta-feira (24),  para denunciar a invasão da Ucrânia, enquanto mais de mil que tentaram fazer o mesmo na Rússia foram presos.

    O primeiro protesto conhecido ocorreu do lado de fora da embaixada da Rússia em Washington na madrugada desta quinta-feira, apenas três horas depois que o presidente Vladimir Putin declarou que havia lançado sua operação militar.

    Notícias locais mostraram dezenas de manifestantes na capital dos EUA acenando bandeiras ucranianas e gritando: “pare a agressão russa!”

    Em Londres, centenas de manifestantes, muitos deles ucranianos e alguns chorando, se reuniram do lado de fora da Downing Street, casa do primeiro-ministro Boris Johnson, pedindo que o Reino Unido faça mais.

    “Precisamos de ajuda, precisamos de alguém para nos apoiar”, disse um. “A Ucrânia é muito pequena e a pressão é muito grande.”

    Em Paris, um manifestante disse à Reuters: “sinto que estamos em um momento muito perigoso para o mundo inteiro”.

    Em Madri, o ator espanhol vencedor do Oscar Javier Bardem, indicado a outro Oscar este ano, juntou-se a cerca de cem manifestantes do lado de fora da embaixada russa.

    “É uma invasão. Viola o direito fundamental da Ucrânia à soberania territorial, à lei internacional e muitas outras coisas”, disse Bardem.

    Uma bandeira gigante foi carregada pela Times Square de Manhattan por uma multidão de várias centenas de manifestantes.

    Na capital suíça, Berna, centenas se reuniram, segurando bandeiras ucranianas e cantando “Paz para a Ucrânia!”.

    Agapi Tamir, 28, um das poucas dezenas de membros da comunidade ucraniana da Grécia que organizou um protesto em Atenas, disse:

    “A única coisa que acreditamos é que um milagre vai parar toda essa coisa horrível e assustadora que está acontecendo neste momento.”

    Uma pequena manifestação em Genebra, organizada pela Campanha Internacional para Abolição das Armas Nucleares (ICAN), vencedora do Prêmio Nobel da Paz, condenou o que o grupo disse ser a ameaça de Putin de usar armas nucleares.

    Outras manifestações foram realizadas em Beirute, Tel Aviv, Dublin e Praga.

    Também em Dublin, um escudo russo de duas águias ao lado do portão da embaixada russa foi desfigurado com tinta vermelha.

    Mais protestos foram programados para o final do dia nas cidades norte-americanas de Houston e Denver, de acordo com postagens nas redes sociais.

    Na própria Rússia, os manifestantes desafiaram um aviso oficial que ameaçava explicitamente processos criminais e até prisão para aqueles que convocassem ou participassem de protestos.

    Centenas de pessoas reuniram-se em cidades como Moscou, São Petersburgo e Ecaterimburgo, cantando frases como “não à guerra!” e segurando placas improvisadas.

    A polícia russa deteve 1.667 pessoas em 53 cidades, disse o monitor de direitos OVD-Info. Seiscentos foram presos apenas em Moscou, informou a agência de notícias Tass.