Cuba prende 17 pessoas ligadas a rede de tráfico humano russa para a guerra na Ucrânia
Autoridade do interior disse, segundo a imprensa estatal, que os traficantes procuravam pessoas com antecedentes criminais
Autoridades cubanas prenderam 17 pessoas ligadas a uma rede de tráfico humano que opera a partir da Rússia e que supostamente está recrutando cidadãos cubanos para lutar com as forças militares de Moscou na Ucrânia, informou a mídia estatal cubana, citando o Ministério do Interior.
O Ministério das Relações Exteriores de Cuba pontuou que a rede de tráfico de pessoas foi desmantelada, segundo o jornal Cuba Debate, em Havana.
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O coronel César Rodríguez, da Direção-Geral de Investigação Criminal do Ministério do Interior, teria dito que os traficantes da rede procuravam pessoas com antecedentes criminais.
Na segunda-feira, o Ministério das Relações Exteriores cubano disse ter descoberto a rede, que traficava cubanos que viviam na Rússia e “até alguns em Cuba”, para serem “incorporados nas forças militares que participam na guerra na Ucrânia”.
No anúncio, o ministério deu poucos detalhes sobre as supostas operações de tráfico, mas disse que as autoridades estavam trabalhando para “neutralizar e desmantelar” a rede.
Cuba sublinhou na sua declaração no início desta semana que “não faz parte da guerra na Ucrânia”. O Kremlin não comentou as acusações.
O país americano foi um grande aliado da União Soviética durante a Guerra Fria, e as relações entre Havana e Moscou permaneceram amigáveis desde que a Rússia lançou a invasão em grande escala contra a Ucrânia.
Cuba tem sido um defensor ferrenho da guerra da Rússia, culpando os EUA e a Otan pelo conflito.
Enquanto o país americano enfrenta a pior crise econômica das últimas décadas, a Rússia forneceu à ilha alimentos extremamente necessários e remessas de petróleo bruto.
Desde o início do conflito, as duas nações assinaram uma série de acordos prometendo um aumento do investimento estrangeiro russo em Cuba.