Crise que se arrasta na Argentina faz novos candidatos ganharem apoio popular, diz especialista à CNN
Argentinos vão às urnas neste domingo (13) para as Primárias Internas Simultâneas e Obrigatórias (Paso)
Neste domingo (13), a professora de relações internacionais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Regiane Bressan, disse à CNN que a crise política que se arrasta há anos na Argentina faz com que novos candidatos despontem e consigam apoio popular.
“A Argentina enfrente uma inflação de três dígitos. Além disso, teve um aumento da pobreza. Trocaram-se os partidos nas eleições anteriores e eles não conseguiram resolver o problema estrutural e econômico do país”, disse.
“Por isso, esse cenário acaba dando margem a candidatos como Javier Milei, que tem um discurso muito inflamado e radical.”
Milei é um candidato conhecido como “Bolsonaro Argentino”.
“Ele tem pouca afinidade com diversos partidos políticos, ou seja, não trabalha de uma forma muito institucionalizada. Pelo contrário, se sente muito livre para discursos bastantes radicais e vem ganhando cada vez mais adeptos.”
Sobre os outros pré-candidatos, Sergio Massa é o governista, ou seja, é o principal nome para competir ligado ao atual governo.
De centro-direita, a principal candidata é a Patricia Bullrich. Ela tem um discurso alinhado ao espectro centro-direita, mas também flerta com a direita radical numa tentativa de captar o eleitorado que tende a ser do Javier Milei.
Na mesma coligação de Bullrich, o “Juntos pela Mudança”, também concorre o candidato Horácio Rodríguez Larreta.
Neste domingo, os argentinos vão às urnas para as Primárias Internas Simultâneas e Obrigatórias (Paso), nas quais serão definidos os candidatos que disputarão o primeiro turno da eleição presidencial de 22 de outubro.
Assista a entrevista com a professora na íntegra no vídeo acima.
*Produzido por Bárbara Brambila.