“Crianças não são terroristas”: ONU condena mortes em na Faixa de Gaza
Ao menos 13 mil crianças morreram em ataques na Faixa de Gaza, indica comissão especial da ONU
A Comissão Internacional Independente de Inquérito sobre o Território Palestino Ocupado, incluindo Jerusalém Oriental e Israel, condenou na quarta-feira (30) o número de mortes de crianças em Gaza em meio a ataques israelenses no enclave palestino.
Navi PIllay e Chris Sidoti estavam falando em um briefing da ONU ao meio-dia. Sidoti observou que 38 crianças israelenses foram mortas em 7 de outubro de 2023, e pelo menos 13.319 crianças palestinas morreram desde então em ataques israelenses.
“Crianças não são terroristas”, ele enfatizou, alertando que o conflito corre o risco de transformar os territórios ocupados em uma “fábrica de criação de terrorismo” nas próximas décadas.
Pillay pediu aos líderes globais que mudassem sua abordagem para ambos os estados, insistindo em uma distinção entre ocupante e ocupado. “Você tem que distinguir entre eles. Então, você sabe, um é um ocupante e o outro é ocupado”, ela disse, pedindo aos estados sob a lei internacional que retenham apoio militar e político à ocupação.
Israel começou sua campanha militar após os ataques de 7 de outubro ao sul de Israel por combatentes liderados pelo Hamas, que mataram 1.200 pessoas e capturaram 250 reféns, de acordo com contagens israelenses.
Mais de 42.000 palestinos foram mortos na ofensiva de Israel até agora, de acordo com as autoridades de saúde de Gaza.