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    Criança quebra vaso de 3.500 anos em museu arqueológico de Israel

    Museu Hecht entrou em contato com especialista em restauração para consertar o objeto

    Oscar Hollandda CNN

    Um menino de 4 anos quebrou acidentalmente um vaso da Idade do Bronze em um museu arqueológico de Haifa, em Israel.

    O objeto antigo, que os especialistas afirmam ter pelo menos 3.500 anos, estava exposto sem vitrine perto da entrada do local no momento do incidente.

    Em um comunicado enviado por e-mail à CNN nesta quarta-feira (28), o Museu Hecht defendeu a sua decisão de apresentar certos objetos sem vidro protetor, acrescentando que o seu fundador, Reuben Hecht, enfatizou a acessibilidade dos artefatos ao público.

    “O museu acredita que há um encanto especial em vivenciar um achado arqueológico sem qualquer obstrução”, destacou o comunicado, acrescentando que a instituição “continuará com esta tradição” apesar do incidente.

    Em declarações à BBC, o pai do menino disse que o filho “puxou ligeiramente o frasco” em uma visita ao museu na sexta-feira (23) porque estava “curioso sobre o que havia dentro”. O homem acrescentou que ficou surpreso ao ver a criança ao lado do vaso quebrado e que em um primeiro momento pensou: “Não foi meu filho quem fez isso”.

    A CNN não conseguiu entrar em contato com os pais do menino.

    O museu acredita que o artefato data entre 2.200 e 1.500 a.C., antes dos reinados de Davi e Salomão, que governaram o reino de Israel e Judá no século X a.C., e supõe-se que o vaso era usado para armazenar e transportar líquidos como vinho ou azeite de oliva.

    Embora os arqueólogos tenham descoberto vasilhas semelhantes no passado, a maioria estava quebrada ou incompleta, segundo o museu. O fato do objeto ter sido descoberto intacto tornou-o um “feito impressionante”, ressaltou o comunicado.

    O vaso, à direita na foto, antes do acidente. • Foto: Museu Hecht

    Em declarações ao canal israelense Ynet na terça-feira (27), o diretor do museu, Inbal Rivlin, convidou o menino e a sua mãe, que também esteve presente durante o incidente, a voltarem ao museu para uma visita privada.

    “O museu não é como um espaço funerário, mas sim um lugar vivo, aberto às famílias e acessível”, Rivlin declarou à Ynet. “Pedimos aos pais: não tenham medo. Essas coisas acontecem. Vamos consertar (o utensílio) e colocá-lo em seu lugar”.

    Rivlin disse que o museu imprimiu novas placas indicando quais objetos podem ou não ser tocados.

    Inaugurado nas dependências da Universidade de Haifa em 1984, o Museu Hecht contém descobertas arqueológicas que datam do período Calcolítico (entre 4.500 e 3.500 a.C.). De acordo com o museu, um especialista em restauração já foi contatado para consertar, com a ajuda de fotografias, o vaso quebrado.

    “O jarro voltará ao seu lugar em breve”, continuou o comunicado, afirmando que o museu utilizará a restauração para educar o público.

    Por sua vez, o pai do menino disse à BBC que lamentava que o vaso “não voltará mais a ser o mesmo”.

    Michael Rosenblatt, da CNN, contribuiu com esta matéria.

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