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    Crescimento populacional é oportunidade para países em desenvolvimento, avalia professora

    À CNN Rádio, Márcia Castro explica que essa chance depende de investimentos em educação e qualificação do mercado de trabalho

    Mundo chegou a 8 bilhões de pessoas nesta terça (15), segundo a ONU
    Mundo chegou a 8 bilhões de pessoas nesta terça (15), segundo a ONU Tomaz Silva/Agência Brasil

    Ricardo Gouveiada CNN

    Em São Paulo

    Projeções da Organização das Nações Unidas (ONU) indicam que o mundo passou a ter 8 bilhões de habitantes nesta terça-feira (15). 

    Uma grande população economicamente ativa é uma excelente base para o crescimento de um país, desde que a educação seja adequadamente fomentada. O diagnóstico vem da chefe do Departamento de Saúde Global e População da Escola de Saúde Pública de Harvard, Márcia Castro, em entrevista à CNN Rádio.

    Entre as nações com este potencial estão vários países africanos, asiáticos e também latino-americanos; o Brasil incluso. A receita está numa parcela maior de pessoas ativas no mercado do que a população dependente. 

    “É uma oportunidade dada pela estrutura etária da população para que o país invista em educação desde a base, o que vai se refletir no crescimento do país”, aponta Márcia Castro. “Então a gente precisa investir nesse capital humano, nessa população que vai gerar capacidade produtiva.”  

    Por outro lado, alguns países com redução da população precisam pensar em estratégias para manter a capacidade de crescimento econômico nos próximos anos. Existe uma tendência de aumento de dependentes ao passo que a população economicamente ativa cai, o que resulta num desequilíbrio do sistema de seguridade social. 

    Márcia Castro alega que, neste contexto, as discussões sobre imigração vão ser fundamentais como alternativa para ajudar estes países a repor parte da perda populacional. “O grande problema é que há uma xenofobia e não está muito claro até que ponto esse processo aconteceria”, pondera a professora de Demografia de Harvard. 

     Apesar da marca de 8 bilhões de pessoas atingida nesta terça, o ritmo de crescimento populacional no mundo é o menor desde a década de 1950. Márcia Castro alega que o aumento demográfico não é um problema e que o desafio do mundo é encontrar soluções para as mudanças climáticas.