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    Cresce expectativa para ofensivas russa e ucraniana

    Satélites mostram base da Rússia na Crimeia vazia

    Da CNN

    Na cidade de Vuhledar, no leste da Ucrânia, a Rússia continua sendo a mesma, tanto em intensidade, quanto em seus bombardeios descoordenados. Não se sabe se esta cidade é uma base para um contra-ataque ucraniano, mas a Rússia continua atacando, só por garantia.

    Algo parecido acontece às margens de um rio perto de Kherson, onde forças ucranianas podem estar cruzando rumo a áreas ocupadas. As autoridades alegam ter tido “resultados muito bons” na terça-feira (25).

    Por outro lado, a Ucrânia está em silêncio sobre sua ofensiva –apesar de vídeos vagos nas redes sociais sugerirem movimentação. Segundo um oficial ucraniano da cidade ocupada de Melitopol, as tropas russas estão certamente em movimento.

    “Agora vemos que eles se mudaram e montaram duas grandes bases para as tropas russas, às margens do Mar de Azov. Isso fica a mais de 100 quilômetros da linha de frente”, diz Ivan Federov, prefeito de Melitopol

    Ele brincou sobre como é comum haver acidentes com os russos –um até capotou este lançador– principalmente na ferrovia, essencial para suprimentos militares.

    “Durante três semanas não havia eletricidade na ferrovia e eles usaram antigos trens a diesel. E, alguns dias atrás, algo aconteceu com os trens, teve um incêndio, e agora não tem mais diesel”, acrescenta Federov.

    Um homem que fufiu da cidade há quatro dias diz que “as tropas russas de verdade ainda não chegaram”. “São só soldados recém-recrutados que não estariam lutando se não tivessem sido ameaçados por falta de disciplina. Todos os moradores locais desconfiam uns dos outros. Mesmo as pessoas com quem você bebia antes, agora não se pode falar.”

    Ainda assim, a Rússia tem mantido as chamadas retiradas.

    A reportagem da CNN flagrou o momento em que crianças ucranianas foram enviadas para o que a Rússia chama de segurança. São 43 –de uma área bem na rota do contra-ataque– indo para Belarus, país aliado da Rússia, por duas semanas.

    No passado, outras partiram em viagens semelhantes, mas ficaram detidas por meses.

    A Ucrânia disse que 20 mil já foram deportadas, e isso levou a uma acusação de crimes de guerra contra o presidente russo, Vladimir Putin.

    Não se sabe o que está por vir, nem para as crianças, nem para a cidade que elas deixam para trás.

    (Publicado por Fábio Mathias)

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