Covid-19: Nova Zelândia tem novo caso importado; premiê cita falha em controle
Jacinda Ardern condenou 'falha inaceitável' após constatação de que 2 mulheres, vindas com coronavírus do Reino Unido, deixaram quarentena sem serem testadas
A Nova Zelândia registrou um novo caso de Covid-19 nesta quinta-feira: um homem de 60 anos, vindo do Paquistão, que está isolado em quarentena em um hotel de Auckland. Antes de chegar ao país, ele passou pelos aeroportos de Doha, no Catar, e de Melbourne, na Austrália.
Leia também:
Nova Zelândia retoma vida ‘livre da Covid’ com compras, festas e abraços
O país recentemente havia zerado os casos ativos em seu território e retirou restrições de circulação. Na quarta-feira, porém, dois novos casos de coronavírus foram registrados após três semanas e, mesmo sendo importados, expuseram problemas no controle de fronteiras do país – o que gerou indignação da premiê Jacinda Ardern.
A premiê admitiu, na quarta, que duas mulheres com novo coronavírus, vindas do Reino Unido, circularam fora do hotel de quarentena antes de serem testadas. Posteriormente, elas foram localizadas, diagnosticadas com a doença, e novamente isoladas.
“Este caso representa uma falha inaceitável do sistema. Nunca deveria ter acontecido e não pode ser repetido”, disse Ardern em entrevista coletiva nesta quarta-feira.
“Desde o início, adotamos uma abordagem extraordinariamente cautelosa na fronteira. É por isso que exigimos que todos os neozelandeses que retornam entrem em instalações que administramos. Esse protocolo permanece. É também por isso que exigimos não um, mas dois testes a ser realizado por aqueles que estão nas instalações. Um no dia 3 e um no dia 12. Isso deveria ter acontecido, não aconteceu e não há desculpas. “
Ardern nomeou um oficial militar para supervisionar as operações de quarentena e fronteira do país.
O chefe assistente de defesa do Comodoro Aéreo Darryn Webb “supervisionará todas as instalações de quarentena e de isolamento gerenciado, incluindo os processos em torno da saída daqueles que estiveram nessas instalações”, disse Ardern.