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    Covid-19 eliminou uma década de progresso na expectativa de vida global, diz OMS

    Índice caiu 1,8 ano, chegando a 71,4 anos -- mesmo nível de 2012

    Testagem e vacinação contra Covid-19 na cidade do Rio de Janeiro
    Testagem e vacinação contra Covid-19 na cidade do Rio de Janeiro REGINALDO PIMENTA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO - 08/06/2022

    Tiago Tortellada CNN

    em São Paulo

    A pandemia de Covid-19 inverteu a tendência de aumento da expectativa de vida e de expectativa de vida saudável, segundo um relatório divulgado nesta sexta-feira (24) pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

    Segundo a agência da ONU, uma década de progresso em relação a esses indicadores foi “destruída em dois anos”.

    Entre 2019 e 2021, a expectativa de vida global caiu 1,8 ano, para o índice de 71,4 anos — o mesmo nível de 2012. A expectativa de vida saudável global, por sua vez, caiu 1,5 ano, para 61,9 anos em 2021 — também de volta ao nível de 2012.

    Além disso, a OMS também destacou que os impactos foram sentidos de forma desigual no mundo.

    As Américas e o Sudeste Asiático foram as áreas mais afetadas neste sentido, com a expectativa de vida caindo aproximadamente 3 anos, e a expectativa de vida saudável baixando 2,5 anos entre 2019 e 2021.

    Em contraste, a região do Pacífico Ocidental foi minimamente afetada durante os primeiros dois anos da pandemia, com perdas inferiores a 0,1 ano na expectativa de vida e 0,2 ano na expectativa de vida saudável.

    Quase 13 milhões de mortes em dois anos

    Ainda segundo a Organização Mundial da Saúde, a Covid-19 foi a terceira maior causa de mortalidade a nível mundial em 2020, e a segunda em 2021.

    Quase 13 milhões de pessoas morreram neste período, de acordo com a agência.

    Além disso, estimativas revelam que a Covid-19 esteve entre as cinco principais causas de morte, exceto nas regiões de África e do Pacífico Ocidental, tornando-se a principal causa de morte nas Américas nos dois anos.

    Mortalidade de doenças não transmissíveis

    Outro dado apresentado no relatório é que as doenças não transmissíveis (DNT) eram as maiores causas de morte antes da pandemia, responsáveis por 74% de todos os falecimentos em 2019.

    Entre exemplos dessas doenças estão:

    • doença cardíaca isquêmica
    • acidente vascular cerebral
    • câncer
    • doença pulmonar obstrutiva crônica
    • doença de Alzheimer e outras “demências”
    • diabetes

    Mesmo durante a pandemia, as DNT foram responsáveis por 78% das mortes não relacionadas à Covid, de acordo com a OMS.