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    Lei pode deixar sul-coreanos até dois anos mais jovens; entenda

    Atualmente, é comum que os sul-coreanos não tenham apenas uma idade, mas três: uma “internacional”, uma “coreana” e uma “do calendário”

    Família caminha em Daegu, na Coreia do Sul, usando máscaras em meio à pandemia do novo coronavírus
    Família caminha em Daegu, na Coreia do Sul, usando máscaras em meio à pandemia do novo coronavírus Foto: Kim Kyung-Hoon - 14.mar.2020/ Reuters

    Jessie YeungYoonjung Seoda CNN

    O parlamento da Coreia do Sul aprovou uma lei que vai padronizar a maneira de calcular a idade das pessoas no país. Por conta disso, os sul-coreanos podem ficar um ou dois anos mais jovens.

    Atualmente, é comum que os sul-coreanos não tenham apenas uma idade, mas três: uma “internacional”, uma “coreana” e uma “do calendário”.

    Na Coreia do Sul, a “idade internacional” de uma pessoa refere-se ao número de anos desde que ela nasceu e começa em zero – o mesmo sistema usado na maioria dos outros países.

    A “idade coreana” é um modelo da própria Coreia do Sul em que a pessoa já nasce com um ano de idade e ainda ganha mais um ano todo dia 1° de janeiro. Essa idade pode ser um ou até dois anos mais velha que sua “idade internacional”.

    Em algumas circunstâncias, os sul-coreanos também usam sua “idade do calendário”, uma espécie de mistura entre a idade internacional e a coreana, que considera os bebês como zero anos no dia em que nascem e adiciona um ano a sua idade a cada 1º de janeiro.

    Mas, para acabar com a confusão, o parlamento do país decretou que, a partir de junho de 2023, todos os documentos oficiais devem usar o padrão “idade internacional”.

    Essa medida, que segue um longo debate sobre o assunto, alinhará o país com a maior parte do resto do mundo e reduzirá as discrepâncias legais que surgem com o uso de três sistemas diferentes.

    Veja o cantor de “Gangnam Style”, Psy, por exemplo. Nascido em 31 de dezembro de 1977, ele é considerado 44 anos pela idade internacional; 45 anos por ano civil; e 46 pela idade coreana.

    A maioria das pessoas usa a idade coreana, que tem suas raízes na China, na vida cotidiana e nos cenários sociais, enquanto a idade internacional é mais usada para questões legais e oficiais – por exemplo, ao lidar com leis civis.

    No entanto, algumas leis, incluindo aquelas que cercam as idades legais para beber, fumar e recrutamento militar, usam a idade do ano civil.

    A lei aprovada na quinta-feira padronizará o uso da idade internacional em todas as “áreas judiciais e administrativas”, de acordo com o site do parlamento e documentos relacionados ao projeto de lei.

    “Os governos estaduais e locais devem incentivar os cidadãos a usar sua ‘idade internacional’ e realizar a promoção necessária para isso”, diz o site.

    “A revisão visa reduzir custos socioeconômicos desnecessários porque as disputas legais e sociais, bem como a confusão, persistem devido às diferentes formas de calcular a idade”, disse Yoo Sang-bum, do Partido do Poder Popular, ao parlamento, segundo a Reuters.

    Outro projeto de lei apresentado pelo legislador Hwang Ju-hong em 2019 argumentou que, além de semear confusão, os três métodos também causavam conflito ao “promover uma cultura de hierarquia baseada na idade e evitar certos meses para o parto”.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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