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    Coreia do Sul descarta relação entre mortes e vacinação contra Covid-19

    Agência de Controle e Prevenção de Doenças investigou 8 mortes recentes, mas não achou relação com aplicação do imunizante contra o novo coronavírus

    Coreia do Sul não encontrou relação entre mortes recentes e uso da vacina da AstraZeneca
    Coreia do Sul não encontrou relação entre mortes recentes e uso da vacina da AstraZeneca Foto: Dado Ruvic/Reuters

    Reuters

    A Coreia do Sul disse nesta segunda-feira (8) que não encontrou nenhuma relação entre a vacinação contra o novo coronavírus e mortes recentes. O país também ordenou que quase 100 mil trabalhadores estrangeiros sejam testados depois que casos de Covid-19 foram detectados em dormitórios.

    Autoridades de saúde investigaram as mortes de 8 pessoas com doenças subjacentes que tiveram reações adversas após receber a vacina contra Covid-19 da AstraZeneca, mas disseram não ter encontrado evidências de que as injeções tenham desempenhado algum papel.

    “Concluímos provisoriamente que é difícil estabelecer qualquer ligação entre a reação adversa após a vacinação e suas mortes”, disse Jeong Eun-kyeong, diretor da Agência de Controle e Prevenção de Doenças da Coreia (KDCA).

    A Coreia do Sul começou a vacinar residentes e trabalhadores em asilos e outros indivíduos em risco no final de fevereiro – até domingo (7), 316.865 pessoas já tinham recebido a primeira dose.

    Sul-coreanos com 65 anos ou mais não estavam recebendo a vacina da AstraZeneca porque o órgão regulador determinou que são necessários mais dados para confirmar sua eficácia nessa essa faixa etária.

    Mas nesta segunda-feira, Jeong disse que um painel de especialistas recomendou que a injeção fosse dada a pessoas mais velhas e que o KDCA tomaria em breve uma decisão sobre esse ponto.

    Casos de Covid-19 em alojamento

    Vários surtos em fábricas e outros locais de trabalho industriais levaram as autoridades a começar a inspecionar 12.000 alojamentos com trabalhadores estrangeiros – ao mesmo tempo em que vários governos locais ordenaram que esses trabalhadores fossem testados nos próximos dias.

    “Seu ambiente de trabalho e alojamento comunitário aumentam o risco de infecção, mas é difícil encontrar pacientes precocemente por causa do acesso limitado a recursos médicos e exames, e a questão da permanência ilegal”, disse Jeong.

    A província de Gyeonggi ordenou que cerca de 85.000 trabalhadores estrangeiros fossem testados nas próximas duas semanas, disse o vice-governador para Assuntos Administrativos, Lee Yong-chul, em entrevista coletiva.

    Recentemente, pelo menos 151 residentes estrangeiros na cidade de Dongducheon, em Gyeonggi, tiveram resultado positivo no teste, embora o que causou o surto ainda não esteja claro.

    Em Namyangju, outra cidade em Gyeonggi, pelo menos 124 estrangeiros tiveram resultado positivo após um surto em uma fábrica de plástico.

    Em outra província central, as cidades industriais de Eumseong e Jincheon também ordenaram que cerca de 4.500 e 5.000 residentes estrangeiros, respectivamente, fossem testados depois que infecções em grupo surgiram em uma fábrica de vidro e uma empresa de processamento de alimentos.

    As condições de trabalho para trabalhadores migrantes na Coréia do Sul receberam novo escrutínio depois que uma mulher do Camboja foi encontrada morta vivendo em uma estufa em temperaturas gélidas no final do ano passado.

    As mortes de centenas de trabalhadores migrantes tailandeses sem documentos na Coréia do Sul fizeram as Nações Unidas, no ano passado, a pedir um inquérito sobre o destino dos migrantes.

    O número de mortes de trabalhadores tailandeses atingiu um recorde anual em 2020 – 122 até meados de dezembro – de acordo com um relatório da Thomson Reuters Foundation.