Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Coreia do Sul afirma que luta contra ‘segunda onda’ do novo coronavírus

    Autoridades de saúde do país acreditam que as novas infecções foram causadas em razão de um feriado no começo de maio

    Mãe e filha usam máscaras enquanto caminham por avenida no centro de Seul
    Mãe e filha usam máscaras enquanto caminham por avenida no centro de Seul Foto: Heo Ran - 03.abr.2020 / Reuters

    Autoridades de saúde da Coreia do Sul disseram nesta segunda-feira (22), pela primeira vez, que o país vive uma “segunda onda” de infecções pelo novo coronavírus. As proximidades da densamente povoada capital estão entre os locais mais afetados após um feriado em maio.

    O Centro para Controle e Prevenção de Doenças da Coreia do Sul (KCDC, em inglês) já havia afirmado anteriormente que a primeira onda de infecções no país nunca acabou de fato.

    Mas, nesta segunda, a diretora do KCDC, Jeong Eun-kyeong, disse que ficou claro que um fim de semana de feriado no começo de maio marcou o início de uma nova onda de infecções, com foco na região de Seul, que antes havia registrado poucos casos.

    “Na área metropolitana, acreditamos que a primeira onda ocorreu de março a abril e de fevereiro a março”, afirmou Jeong em uma entrevista coletiva. “Depois, percebemos que a segunda onda, desencadeada pelo feriado de maio, está acontecendo.”

    Assista e leia também:

    Covid-19: Brasil indígena tem mais mortes que Coreia do Sul, Sérvia ou Noruega

    Coreia do Sul tem maior alta de novos casos de coronavírus em 49 dias

    Café na Coreia do Sul recorre a robô para ajudar em distanciamento social

    No fim de fevereiro, a Coreia do Sul registrou um pico de mais de 900 casos da doença em apenas um dia, no primeiro grande surto de Covid-19 fora da China.

    Uma intensa campanha de rastreamento e testagem ajudou a reduzir o número de casos para um dígito no fim de abril. Mas assim que o país anunciou que aliviaria as regras de distanciamento social no começo de maio, novos casos surgiram, causados, em parte, por infecções entre os mais jovens, que foram a bares e boates em Seul durante o feriado de maio.

    “Previmos que uma segunda onda surgiria no outono ou inverno”, contou Jeong. “Nossa previsão acabou se provando errada. Enquanto as pessoas tiverem contato próximo com as outras, acreditamos que as infecções vão continuar”.

    No domingo (21), a Coreia do Sul registrou 17 novos casos do novo coronavírus em um único dia, a primeira vez, em quase um mês, que esse número ficou abaixo de 20. Foi uma queda em relação aos dois dias anteriores, que tiveram 48 e 67 casos reportados cada. Hoje o país tem 12.438 casos e 280 mortes causadas pela doença.

    Jeong pediu à população que tenha cuidado e destacou que, se as pessoas mantiverem um distanciamento de dois metros, poderão tirar as máscaras em determinadas circunstâncias quando estiver calor.