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    Coreia do Norte expande trabalho em local de testes nucleares, diz relatório

    País realizou seis testes nucleares subterrâneos na Instalação de Punggye-ri entre 2006 e 2017

    Reuters

    A Coreia do Norte parece estar expandindo os trabalhos em seu local de testes nucleares para incluir um segundo túnel, disse um think tank com sede nos Estados Unidos nesta quinta-feira (16), enquanto autoridades sul-coreanas e norte-americanas afirmam que o país pode realizar um teste nuclear a qualquer dia.

    O trabalho de preparação no túnel nº 3 da Instalação de Testes Nucleares de Punggye-ri estava aparentemente completo e pronto para um possível teste nuclear, disse o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais em um relatório, citando imagens de satélite comerciais.

    A Coreia do Norte realizou seis testes nucleares subterrâneos no local de 2006 a 2017.

    O grupo de pesquisa disse que, pela primeira vez, os analistas identificaram novas atividades de construção no túnel nº 4 da instalação, “sugerindo fortemente um esforço para reativá-lo para possíveis testes futuros”.

    Do lado de fora do túnel nº 3, as imagens mostraram um muro de contenção e um pequeno paisagismo com pequenas árvores ou arbustos, provavelmente em antecipação a uma visita de altos funcionários, disse.

    Os dois túneis nunca foram usados ​​anteriormente para testes nucleares e suas entradas foram demolidas em 2018, quando a Coreia do Norte declarou uma moratória autoimposta aos testes de armas nucleares e seus mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs).

    O líder Kim Jong Un disse que não está mais vinculado a essa moratória devido à falta de medidas recíprocas dos Estados Unidos durante as negociações de desnuclearização, e a Coreia do Norte retomou os testes de ICBMs este ano.

    Autoridades sul-coreanas afirmaram nesta semana que a Coreia do Norte está pronta para realizar um teste nuclear “a qualquer momento”, o que será decidido por Kim.

    O porta-voz do Ministério da Defesa da Coreia do Sul, quando questionado sobre o relatório, disse que está monitorando de perto os desenvolvimentos da atividade nuclear da Coreia do Norte junto com as autoridades de inteligência dos Estados Unidos, mas se recusou a comentar mais sobre o tema.

    O ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Park Jin, disse na segunda-feira (13), após conversas com o secretário de Estado norte-americano Antony Blinken em Washington que qualquer provocação da Coreia do Norte, incluindo um teste nuclear, será recebida com uma resposta firme e unida.

    Ele instou a China, durante anos o único grande aliado da Coreia do Norte, a usar sua influência sobre o país.

    Park também prometeu trabalhar para normalizar um pacto de compartilhamento de inteligência com o Japão “o mais rápido possível” para aumentar suas respostas às ameaças nucleares e de mísseis da Coreia do Norte.

    O Acordo Geral de Segurança de Informações Militares (GSOMIA) foi a espinha dorsal do compartilhamento trilateral de informações de segurança pela Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão.

    Mas a Coreia do Sul cogitou cancelar o pacto com o Japão no final de 2019, durante um período de laços tensos, antes de uma decisão de última hora de renová-lo diante da pressão dos Estados Unidos.

    Autoridades sul-coreanas disseram que, desde então, o compartilhamento de inteligência com o Japão não foi tão tranquilo quanto antes.

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