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    Coreia do Norte diz ter testado novo míssil balístico intercontinental

    Lançamento causou confusão e pânico momentâneo no Japão; mídia estatal afirma que Kim Jong Un orientou o teste

    Gawon Baeda CNN

    A Coreia do Norte disse que lançou um novo míssil balístico intercontinental (ICBM) Hwasong-18 movido a combustível sólido nesta quinta-feira (13), de acordo com a mídia estatal KCNA.

    O líder norte-coreano Kim Jong Un orientou o “primeiro lançamento de teste do novo ICBM”, e o lançamento não teve “impacto negativo” para a segurança dos países vizinhos, segundo a KCNA. O míssil também teria feito uma separação de estágio.

    Os ICBMs de combustível sólido são o padrão mundial de última geração e podem ser movidos com mais facilidade e lançados mais rapidamente do que um foguete de combustível líquido.

    O principal míssil balístico intercontinental dos Estados Unidos, o Minuteman III, é alimentado por três motores de foguete de combustível sólido.

    O Hwasong-18 “defenderá a Coreia do Norte, suprimirá invasões e protegerá a segurança da nação”, destacou a KCNA, acrescentando que Kim expressou “grande satisfação” com a realização teste.

    Jeffrey Lewis, analista do James Martin Center for Nonproliferation Studies, escreveu no Twitter que “não é nenhuma surpresa” um ICBM de combustível sólido testado pela Coreia do Norte, explicando que “é apenas mais fácil usar mísseis de combustível sólido”.

    “A Coreia do Norte sempre seguia o mesmo caminho técnico dos EUA, União Soviética, França, China, Israel e Índia”, acrescentou.

    “Dado que a Coreia do Norte vem testando motores de foguete sólidos de grande diâmetro há vários anos, está claro (pelo menos para mim) que desde 2020 um teste como esse poderia ocorrer a qualquer momento”, avaliou.

    O lançamento desta quinta-feira provocou pânico momentâneo na ilha de Hokkaido, no norte do Japão, depois que o sistema de emergência do governo alertou os moradores para se protegerem.

    Logo depois, o medo se transformou em raiva e confusão quando a ordem de evacuação foi suspensa em meio a relatos de que havia sido enviada por engano, com autoridades locais afirmando que não havia possibilidade de o míssil atingir a ilha e Tóquio, posteriormente confirmando que o artefato havia caído fora do território japonês, nas águas da costa leste da península coreana.

    Os militares sul-coreanos disseram na época que acreditavam que Pyongyang estava testando um novo míssil balístico que havia exibido em um desfile militar, de acordo com um oficial militar.

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