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    Coreia do Norte acusa EUA de adotarem ‘medidas provocativas’ em reunião com a ONU

    Conselho de Segurança da ONU realizou reunião de emergência nesta quarta-feira (20) para discutir as ações do país após testes de mísseis balísticos

    Philip WangSamantha BeechYoonjung Seoda CNN

    A Coreia do Norte disse que os Estados Unidos e o Conselho de Segurança da ONU estão “adulterando uma perigosa bomba-relógio” após uma reunião sobre o mais recente teste de mísseis balísticos do país, informou a mídia estatal.

    Em um artigo da Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA), o Ministério das Relações Exteriores do país disse que os EUA tomaram “medidas provocativas” ao convocar uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU.

    Pyongyang afirma ter testado com sucesso um novo míssil balístico de um submarino nesta terça-feira (19), após meses de tensões oscilantes na Península Coreana.

    O Conselho de Segurança da ONU realizou uma reunião a portas fechadas nesta quarta-feira (20) para discutir as ações da Coreia do Norte após o teste.

    “Ao fazer os recentes disparos-teste não tínhamos os EUA em mente e nem visavam a eles, mas é uma obra que já havia sido planejada exclusivamente para a defesa do país”, disse o ministério, segundo a KCNA.

    “Portanto, não há necessidade de os EUA se preocuparem ou se incomodarem com o teste de disparo.”

    A França, a Irlanda e a Estônia emitiram uma declaração conjunta após a reunião do Conselho de Segurança da ONU, pedindo a aplicação estrita de sanções contra a Coreia do Norte, que está proibida de testar mísseis balísticos e armas nucleares segundo o direito internacional.

    Os países consideraram o lançamento uma violação clara das resoluções do Conselho de Segurança da ONU e pediram à Coreia do Norte que iniciasse negociações.

    A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, disse que o teste do míssil balístico lançado por submarino (SLBM) da Coreia do Norte foi “o mais recente de uma série de provocações imprudentes” feitas pelo país.

    “Cada novo avanço dos programas de armas de destruição em massa e de mísseis balísticos da RPDC desestabiliza a região e ameaça a paz e a segurança internacionais”, disse Thomas-Greenfield, referindo-se à Coreia do Norte por seu nome oficial.

    Ela acrescentou que os EUA se ofereceram para se encontrar com as autoridades norte-coreanas “sem quaisquer pré-condições” e “deixamos claro que não temos nenhuma intenção hostil em relação à RPDC”.

    A Coreia do Norte disse que o lançamento do teste SLBM era “parte das atividades normais” e “não representava qualquer ameaça ou dano à segurança dos países vizinhos e da região”.

    Coreia do Norte diz ter testado novo míssil hipersônico / Reprodução

    “Se os EUA não questionarem o exercício regular e legítimo do direito soberano pela RPDC, nenhuma tensão será causada na península coreana, mas se os EUA e suas forças persistirem em optar por uma ação errada, isso pode agir como um catalisador para consequências mais sérias “, disse o Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte, de acordo com a KCNA.

    A KCNA disse que o SLBM foi lançado do submarino “8.24 Yongung” – o mesmo usado para testar o primeiro SLBM da Coreia do Norte em 2016.

    O relatório disse que “muitas tecnologias avançadas de controle de orientação” foram incluídas no míssil, o que “contribuiria muito para colocar a tecnologia de defesa do país em um alto nível e para aumentar a capacidade operacional subaquática de nossa marinha”.

    Adam Mount, um membro sênior da Federação de Cientistas Americanos em Washington, disse à CNN nesta quarta-feira (20) que a Coreia do Norte testou apenas um pequeno número de SLBMs.

    Mount disse que a Coreia do Norte vê os SLBMs como outro método para passar pelas defesas antimísseis dos Estados Unidos e seus aliados, especificamente a Coreia do Sul e o Japão.

    “Eles estão preocupados que nossas defesas antimísseis anulem sua capacidade de dissuasão”, disse ele.

    Neste ano, Pyongyang testou vários projéteis, incluindo o que alegou ser um novo míssil hipersônico no final de setembro.

    Ao mesmo tempo, as relações entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul estão esquentando, com Pyongyang concordando em reabrir as comunicações oficiais com Seul em 4 de outubro.

    *Sonia Moghe e Ben Westcott, da CNN, contribuíram para esta reportagem.

    (Este texto é uma tradução. Para ler o original, em inglês, clique aqui)

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