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    COP26: grupo de 22 nações pede que seção sobre mitigação seja retirada do acordo

    China e Índia estão entre os signatários do pedido; grupo alega que países desenvolvidos tentam transferir suas responsabilidades pela crise climática

    Angela Dewanda CNN

    Um grupo de 22 nações conhecidas como Países em Desenvolvimento com Mentes Similares (LMDC, na sigla em inglês), que inclui China e Índia, pediu que toda a seção sobre mitigação das mudanças climáticas fosse removida do texto preliminar da COP26, a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas.

    Este seria um sinal das enormes lacunas ainda existentes no acordo – falta um dia para o encerramento das negociações em Glasgow, na Escócia.

    O negociador-chefe da Bolívia, Diego Pacheco, que representa o grupo LMDC, disse nesta quinta-feira (11) que os países sentem que o mundo desenvolvido está tentando transferir suas responsabilidades pela crise climática para o mundo em desenvolvimento.

    “Solicitamos que a presidência remova completamente a seção sobre mitigação”, disse Pacheco em uma entrevista coletiva em Glasgow.

    A CNN está em contato com autoridades chinesas e indianas para comentar o assunto.

    Pacheco apontou o papel histórico dos países desenvolvidos na crise climática, acusando as nações ricas de tentarem “transferir responsabilidades” para as nações em desenvolvimento, mas pedindo-lhes que cumpram os mesmos prazos de redução de emissões que o mundo desenvolvido.

    “A história é importante e a história é muito importante para entender e contextualizar a discussão sobre ambição”, disse ele.

    Ele acrescentou que seria impossível para muitos países do grupo alcançar o Zero Líquido até meados do século, como muitos países assinaram.

    Indústria
    Emissões de gases afetam o meio ambiente e impactam diretamente nas mudanças climáticas / Foto: SD-Pictures/Pixabay

    A seção de mitigação inclui trechos sobre a tentativa de limitar o aquecimento global a 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais, em oposição ao limite superior de 2 graus mencionado no Acordo de Paris, – e exorta os países a acelerarem a atualização de suas promessas de emissões até o final de 2022.

    O LMDC não acredita que os países em desenvolvimento devam ter os mesmos prazos e ambições de emissões que os países ricos.

    (Este texto é uma tradução. Para ler o original, em inglês, clique aqui)