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    COP26 definirá ações contra mudanças climáticas, diz especialista em sustentabilidade

    Para Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, cúpula em Glasgow é uma das mais ambiciosas

    Murillo FerrariJorge Fernando Rodriguesda CNN , Em São Paulo

    Em entrevista à CNN nesta segunda-feira (8), a presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Marina Grossi, afirmou que a COP26 é fundamental para definir o “como agir” para tentar frear as mudanças climáticas.

    “Essa é a COP da ambição porque estamos falando em atingir 2ºC, mas todo mundo fala em chegar a 1,5ºC, em ser mais ambicioso. Mas é também a COP do ‘como’ fazer isso”, afirmou.

    Ela destacou que a questão climática deve estar na pauta de qualquer governante, de qualquer campanha.

    “E tem um ponto muito importante, que são os créditos de carbono. Temos sinais e documentos mostrando que esse famosos artigo 6 [do Acordo de Paris] é muito importante para o Brasil”, disse.

    “Temos muito ativos florestais e manter a floresta em pé vendendo crédito de carbono é o que vai financiar as cadeiras da economia da floresta. Isso é o que pode manter e mudar, por exemplo, o IDH do bioma da Amazônia, onde temos uma grande parte do desmatamento ilegal.”

    Ela destacou ainda que, desde o Acordo de Paris, em 2015, a Governança Ambiental, Social e Corporativa (ESG, em inglês) tem sido central nessas discussões.

    “Desde o Acorde de Paris o mundo inteiro está dentro dessa agenda. Antes, no Protocolo de Kioto, tínhamos um encaminhamento para países desenvolvidos e outro para os países em desenvolvimento. Agora, todos têm responsabilidade. Portanto, só tem um tipo de desenvolvimento”, explicou.

    Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds) / CNN Brasil (8.nov.2021)

    “E a gente vê grandes competidores, como China e EUA, todos tentando ir para essa corrida de baixo carbono. O que fica agora é qual a velocidade, qual a escala que vamos dar no que chamamos de emergência climática.”

    A especialista também elogiou a participação na Cúpula do Clima em Glasgow, na Escócia, de diferentes setores e representantes da sociedade brasileira.

    “Tivemos 12 prefeitos e governadores presentes. Tivemos também indígenas, representantes de movimentos raciais. É interessante ver como a complexidade da sociedade brasileira está presente e se fazendo ouvir também, além dos negociadores e do governo”, disse.

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