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    Consequências da guerra para ordem mundial são imprevisíveis, diz Carlos França na ONU

    Em fala aos representantes dos países nesta quinta-feira (22), o ministro das Relações Exteriores abordou os riscos da escalada do conflito entre a Rússia e a Ucrânia

    Carlos França, ministro das Relações Exteriores
    Carlos França, ministro das Relações Exteriores Wilson Dias/Agência Brasil

    Lucas Rochada CNN

    em São Paulo

    Chefes de Estado e de Governo de vários países participam, nesta semana, da 77ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que acontece em Nova York, nos Estados Unidos.

    Em fala aos representantes dos países nesta quinta-feira (22), o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, abordou os riscos da escalada do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

    “A continuidade dos conflitos coloca em perigo a vida de civis inocentes e põe em risco a segurança de milhões de famílias em outras regiões, especialmente em países em desenvolvimento. Os riscos de escalada decorrentes da dinâmica atual do conflito são simplesmente grandes demais e suas consequências para a ordem mundial imprevisíveis”, disse o ministro.

    Carlos França afirmou que o conselho de segurança da ONU é o fórum ideal para a busca por soluções pacíficas e que a diplomacia deve prevalecer neste momento.

    “Apenas diplomacia traz perspectivas de soluções viáveis para os conflitos entre os países. Não é o momento de acentuar pontos de vista ou isolar parceiros. A prioridade desse conselho deve ser criar condições para os países chegarem a negociações para uma solução pacífica para o conflito”, pontuou.

    O ministro lembrou que setembro marca o sétimo mês desde o início da guerra na Ucrânia. “Essa semana marca sete meses desde o início do conflito. Dezenas de milhares de pessoas, muitas delas civis inocentes perderam suas vidas. Há milhões de refugiados e pessoas internamente deslocadas cujo retorno às suas casas permanece incerto”, disse.

    França afirmou que, nos últimos meses, o conselho da ONU recebeu inúmeros relatos de violações dos direitos humanos.

    “O Brasil condena os abusos e defende investigações imparciais dos fatos para que aqueles responsáveis sejam responsabilizados por seus atos. Nós também reiteramos nosso chamado pelo respeito pleno pela lei humanitária internacional por nossos parceiros. Nós temos uma tarefa urgente à nossa frente de engajar nossos parceiros ao diálogo com o objetivo de assegurar um imediato cessar fogo e a abertura de negociações para um acordo de paz”, disse o ministro.