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    Conselho de Segurança da ONU convoca reunião emergencial sobre invasão da Ucrânia

    Brasil e outros 10 países foram a favor da medida; a Rússia votou contra, enquanto China, Índia e Emirados Árabes Unidos se abstiveram

    Da Reuters

    O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) convocou, neste domingo (27), uma reunião emergencial da Assembleia-Geral, com 193 países membros para tratar sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia.

    O encontro que será realizado nesta segunda-feira (28), enquanto aliados ocidentais intensificam uma campanha diplomática para isolar Moscou.

    A votação do conselho de 15 membros foi processual para que a Rússia não pudesse exercer seu veto. Uma resolução convocando a sessão da Assembleia-Geral foi adotada com 11 votos sim. A Rússia votou contra, enquanto China, Índia e Emirados Árabes Unidos se abstiveram. O Brasil foi a favor.

    A medida é a mais recente de uma enxurrada de atos diplomáticos nas Nações Unidas em Nova York, acontecendo após um veto russo na sexta-feira (25) em uma resolução que condenava a invasão e pedia a retirada de tropas. China, Índia e Emirados Árabes Unidos se abstiveram e os 11 membros restantes votaram sim.

    Espera-se que a Assembleia-Geral vote uma resolução semelhante na quarta-feira (1º), segundo a embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, ao Meet the Press da NBC neste domingo. Nenhum país tem veto na Assembleia-Geral.

    Embora as resoluções não sejam vinculativas, elas têm peso político. Os Estados Unidos e aliados veem a ação nas Nações Unidas como uma chance de mostrar que a Rússia está isolada por causa da invasão da vizinha Ucrânia.

    Eles vão procurar melhorar os 100 países que votaram a favor de uma resolução da Assembleia Geral em março de 2014, depois que a Rússia anexou a região da Crimeia, na Ucrânia. Essa resolução declarou inválido um referendo sobre o status da Crimeia.

    A votação ocorrerá no final da sessão especial de emergência. Será apenas a 11ª sessão da Assembleia Geral convocada desde 1950.

    O Conselho de Segurança também deve se reunir novamente na segunda-feira para um briefing sobre as necessidades humanitárias de civis na Ucrânia, solicitado pela França, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Noruega, Albânia, Irlanda e México. Será a 5ª reunião do conselho sobre a Ucrânia desde a semana passada.

    A Rússia estaria em posição de bloquear o movimento, se assim o desejar. É o poder de veto do conselho junto a Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e China.

    Veja imagens do ataque da Rússia à Ucrânia

    Encontro na fronteira de Belarus

    Ainda neste domingo, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, confirmou um encontro para tratativas com a Rússia sobre a atual situação no país, que enfrenta ataques russos desde a última quinta-feira (24).

    Segundo o vice-ministro do Interior da Ucrânia, Evgeny Yenin, as conversas entre as delegações ocorrerão na manhã desta segunda-feira (28), no horário local.

    O gabinete de Zelensky informou que o presidente de Belarus, Aleksander Lukashenko, telefonou neste domingo a Zelensky. O encontro será na fronteira entre os dois países, nas proximidades do rio Pripyat.

    “Os políticos concordaram que a delegação ucraniana se reunirá com a delegação russa sem pré-condições na fronteira da Ucrânia com Belarus, perto do rio Pripyat”, disse seu gabinete.

    Segundo a Ucrânia, Lukashenko garantiu que os militares permanecerão em solo, sem atividades, durante a viagem da delegação, no momento da reunião e durante o retorno.

    “Aleksander Lukashenko assumiu a responsabilidade de garantir que todos os aviões, helicópteros e mísseis estacionados no território bielorrusso permaneçam no solo durante a viagem, reunião e retorno da delegação ucraniana”, diz o gabinete.

    Mais cedo, a Ucrânia havia recusado um convite para negociações com a Rússia em Belarus, mas afirmou que estava aberta ao diálogo.