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    Conselho de Segurança: Balanço do Itamaraty destaca veto dos EUA à resolução sobre guerra Israel-Hamas

    País tem a prerrogativa de vetar uma resolução por ser uma das nações com assento permanente no colegiado

    Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores, em reunião do Conselho de Segurança da ONU
    Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores, em reunião do Conselho de Segurança da ONU 24/10/2023 REUTERS/Shannon Stapleton

    Douglas Portoda CNN

    em São Paulo

    Em seu balanço de encerramento da presidência temporária do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Itamaraty destacou nesta quarta-feira (1º) o veto dos Estados Unidos à resolução costurada pelo Brasil sobre a guerra entre Israel e o grupo radical islâmico Hamas.

    Foram 12 votos a favor, duas abstenções e o voto contrário dos EUA.

    Os norte-americanos têm a prerrogativa de vetar uma resolução já que são uma das nações com assento permanente no Conselho de Segurança. China, França, Rússia e Reino Unido possuem o mesmo status.

    “Na qualidade de presidente de turno do Conselho de Segurança, o Brasil buscou acordo em torno da cessação de hostilidades, da proteção da população civil e do alívio da situação humanitária na Faixa de Gaza”, afirma o Itamaraty.

    “Até as últimas horas de sua presidência, o país trabalhou para aprovar um documento que determinasse a realização de pausas humanitárias, a libertação de reféns e a saída de civis que assim o desejassem de Gaza”, prossegue.

    Reforma do Conselho de Segurança

    O Ministério das Relações Exteriores expressa que a atuação brasileira frente ao Conselho de Segurança teve ênfase na busca da paz e da proteção de civis, o que reforça “as credenciais do país para atuar de forma permanente” no órgão responsável pela manutenção da paz e da segurança internacional.

    Entretanto, para o Itamaraty, o uso recorrente de veto e as dificuldades para sua atuação, “confirmam a necessidade de uma reforma para tornar o Conselho mais representativo, legítimo e eficaz”.

    O Brasil ocupa hoje uma das 10 vagas no colegiado para membros não permanentes. O mandato termina em 31 de dezembro de 2023.

    Desde a criação do órgão, em 1948, esse foi o 11º mandato brasileiro, sendo o segundo maior participante, atrás apenas do Japão.

    A China assumirá a presidência do Conselho de Segurança em novembro.

    Veja também: Veto mostra que Conselho de Segurança falhou, diz representante do Brasil na ONU