Conheça sete políticos poderosos pelo mundo que são abertamente LGBTQIA+
Em termos de representatividade LGBTQIA+, o Brasil ainda é pouco expressivo; em outros países, principalmente na Europa, membros da comunidade ocupam mais cargos de grande projeção
Os brasileiros se preparam para ir às urnas neste domingo (2) e renovar parcialmente os nomes dos tomadores de decisão no Legislativo e Executivo estaduais e nacional.
Em termos de representatividade da população LGBTQIA+, o Brasil ainda é pouco expressivo.
Em julho do ano passado, o governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB), ganhou as manchetes ao se revelar homossexual. Ao fazê-lo, ele se juntou à governadora potiguar Fátima Bezerra (PT), que é lésbica, como os únicos governadores LGBTQIA+.
Já no Congresso, por exemplo, em 2018, Fabiano Contarato – então filiado à Rede, mas agora no PT – foi o primeiro gay a chegar ao Senado Federal. O Congresso Nacional já contava com ao menos outros dois parlamentares e ex-parlamentares não-heterossexuais, todos na Câmara: Clodovil Hernandes (PR-SP) e Jean Wyllys (PSOL-RJ), ambos homens gays.
Na legislatura vigente, David Miranda (PDT-RJ), que é casado com o jornalista Glenn Greenwald, assumiu a vaga de Wyllys, que tinha renunciado ao mandato. Por problemas de saúde, Miranda precisou abdicar de sua candidatura no pleito deste final de semana.
No começo de 2021, Vivi Reis (PSOL-PA), se tornou a primeira mulher bissexual da Câmara, quando assumiu a vaga que era de Edmilson Rodrigues, eleito prefeito de Belém. Ou seja, quatro pessoas LGBTQIA+ já passaram pela Câmara.
Em outros países, principalmente na Europa, os cidadãos já estão mais acostumados a ver políticos LGBTQIA+ com grande projeção, alguns, inclusive, como chefes de Estado ou de Governo.
A CNN preparou uma lista com sete políticos LGBTQIA+ acostumados ao poder em outras nações.
Pete Buttigieg
Secretário de Transportes, Estados Unidos
Buttigieg foi o primeiro pré-candidato democrata assumidamente gay a entrar na disputa pela Casa Branca, aos 38 anos, e o primeiro a vencer uma primária de um dos dois maiores partidos do país.
Casado com o professor e militante pelos direitos da comunidade LGBTQIA+ Chasten Buttigieg desde 2018, o democrata também serviu à Marinha dos Estados Unidos durante a Guerra do Afeganistão.
Apesar de derrotado por Biden, foi nomeado, em dezembro de 2020, para o cargo de Secretário dos Transportes, o que fez de Buttigieg o membro do gabinete presidencial mais jovem da história, além de ser o primeiro abertamente gay.
Ana Brnabić
Primeira-ministra da Sérvia
Ana vive com sua parceira, Milica Đurđić, com quem não é oficialmente casada – a Constituição da Sérvia define o casamento como sendo, necessariamente, entre um homem e uma mulher -, e, juntas, criam um filho.
No entanto, Ana Brnabić é criticada por ativistas dos direitos LGBTQIA+ da Sérvia por, supostamente, não defender os direitos da comunidade, e por desfrutar de privilégios que outros gays e lésbicas não têm acesso.
Xavier Bettel
Primeiro-ministro de Luxemburgo
Segundo Bettel, em seu país “as pessoas não levam em conta o fato de uma pessoa ser gay ou não”.
Ele foi a terceira pessoa homossexual a chegar ao cargo de primeiro-ministro em todo o mundo, tendo sido precedido por Johanna Siguroardóttir, que comandou o governo da Islândia entre 2009 e 2013, e Elio Di Rupo, que foi primeiro-ministro da Bélgica entre 2011 e 2014.
Xavier Bettel é casado com o arquiteto Gauthier Destenay desde 2015, quando a legislação de Luxemburgo passou a permitir o casamento entre pessoas do mesmo gênero.
Grant Robertson
Vice-primeiro-ministro da Nova Zelândia
Antes de ser vice-primeiro-ministro – o primeiro homem gay a ocupar o posto -, Robertson foi ministro da Economia e integrante do parlamento neozelandês por cinco mandatos.
Ele vive com seu parceiro, Alf Kaiwai, na cidade de Wellington, capital da Nova Zelândia.
Os dois estão juntos deste 1999, e celebraram uma união civil em janeiro de 2009. Os dois se conheceram no primeiro time de rugby para gays do país, o Krazy Knights.
Leo Varadkar
Ex-primeiro-ministro da Irlanda
O político assumiu sua homossexualidade de forma pública em uma entrevista ocorrida em 2015, a uma rádio local. Na ocasião, ele disse que sua sexualidade “não era segredo”, mas algo que ele nunca havia falado publicamente.
“Não é algo que me define”, disse ele. “Não sou um político meio indiano, nem um político médico ou um político gay. É apenas parte de quem eu sou”, afirmou aos ouvintes.
Depois da entrevista, Varadkar experimentou uma ascensão política em seu partido, o Fine Gael, que o levou ao comando do governo menos de dois anos depois.
Sarah McBride
Senadora estadual de Delaware, nos Estados Unidos
Quando foi eleita, ela escreveu em sua conta no Twitter esperar que sua candidatura e eleição dessem esperanças a crianças transgênero de que “nossa democracia é grande o suficiente para elas também”.
Democrata, sua campanha foi apoiada publicamente pela família de Joe Biden, que se elegeu presidente dos Estados Unidos.
Em 2018, Sarah publicou um livro sobre sua trajetória, chamado “Tomorrow Will Be Different: Love, Loss, and the Fight for Trans Equality” (“Amanhã será diferente: amor, perda e a luta pela igualdade de pessoas trans”, em tradução livre).
Jens Spahn
Ex-ministro da Saúde da Alemanha
Jens Spahn é conhecido por defender ideias liberais na economia, ser católico e gay. Foi eleito pela primeira vez ao parlamento como membro da União Democrata-Cristã em 2002, quando tinha somente 22 anos, e tornou-se o mais jovem integrante do parlamento alemão.
Também foi secretario-parlamentar no ministério das Finanças entre 2015 e 2018.
Em 2018, foi citado como um possível substituto para Angela Merkel como chanceler, mas seus votos foram insuficientes para chegar à liderança do partido. Ele deixou o cargo na Saúde após a chegada de Olaf Scholz ao cargo de premiê alemão.
Fotos – momentos marcantes da história das eleições brasileiras
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