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    Conheça histórias de pessoas que estão oferecendo abrigo a refugiados da Ucrânia

    Em todo o mundo, donos de propriedades se solidarizam com a situação daqueles que tiveram que fugir do conflito armado

    Julia Buckleyda CNN

    Em 24 de fevereiro, enquanto assistia às notícias da invasão russa contra Ucrânia, Desislava Tosheva encarava seu sofá.

    “Eu estava na minha sala, pensando em todas as pessoas prestes a fugir de seu país, e como aqueles com oportunidades financeiras estariam em maior vantagem”, afirma.

    “Eu estava olhando para o meu sofá, pensando que adoraria oferecê-lo a alguém em necessidade”, complementa.

    Tosheva, moradora de Sofia, Bulgária, achava que outros sentiriam o mesmo. Ela decidiu criar um grupo no Facebook: “Acomodação, Ajuda e Abrigo para a Ucrânia”.

    “Achei que não teríamos mais de 200 membros, mas foi o suficiente – ajudar alguém significa o mundo para aquela pessoa”, pondera.

    Porém, ela pensou errado. No momento da redação deste artigo, o grupo possui 80 mil membros. Ucranianos e anfitriões em potencial postam o que estão procurando e o que podem oferecer, respectivamente, e podem combinar por conta própria ou por meio dos administradores.

    Tosheva e os administradores providenciaram pessoalmente alojamento para cerca de 90 refugiados. Muitos dos anfitriões estão doando propriedades que alugavam anteriormente no Airbnb ou por outros canais.

    Agora, suas casas de férias – incluindo um castelo na Irlanda – estão sendo usados para realojar pessoas que perderam tudo.

    Eles não são os únicos. Embora a indústria de viagens tenha sido duramente atingida pela pandemia, muitas pessoas – desde aqueles que normalmente alugam suas propriedades para turistas, até hoteleiros – agora estão doando suas acomodações para refugiados ucranianos.

    Uma cidade está até usando seu status de Capital Europeia da Cultura – o que normalmente traz um número significativo de turistas para os anfitriões – para promover a cultura ucraniana. Aqui estão algumas de suas histórias.

    ‘Me sinto desconfortável vivendo minha vida no momento’

    Caroline Williams

    Com suas casas com telhado de palha, igreja medieval e colinas verdes ao longe, incluindo o lendário Glastonbury Tor, a vila de Somerset de Compton Dundon é um ímã para quem procura uma pausa no campo do oeste da Inglaterra.

    Desde que se aposentou como gerente de negócios, Caroline Williams estava se conectando com possíveis visitantes, alugando quartos em sua linda casa de fazenda, além de um celeiro que havia sido convertido em acomodação de férias no Airbnb.

    Mas havia algo a mais pressionando-a desde a aposentadoria: “Eu estava procurando algo um pouco mais significativo para fazer”, afirma.

    Agora, ela está oferecendo dois quartos em sua casa de fazenda mais metade do celeiro – um apartamento independente – para refugiados.

    “Eu estava vagando no jardim ao sol e não conseguia parar de pensar em pessoas que não eram capazes de fazer isso”, coloca.

    “Eu me sinto desconfortável vivendo minha vida no momento”, pontua.

    Williams já havia se inscrito para abrigar trabalhadores essenciais britânicos durante a pandemia e, desta vez, ela se voltou para o programa de refugiados da Airbnb na Ucrânia.

    Uma semana depois, o Reino Unido – que anteriormente não permitia a entrada de refugiados do país do Leste Europeu – estabeleceu um esquema de patrocínio, ao qual Williams também se inscreveu. Ela também se prontificou com instituições de caridade locais em uma tentativa de ser correspondida com refugiados.

    A casa de férias estará disponível para estadias de curto prazo e emergências: “É minha renda, tenho que mantê-la aberta para reservas comuns”, explica. Mas os dois quartos da casa dela estão disponíveis a longo prazo. Williams acha que a localização rural seria adequada para uma família, em vez de pessoas mais jovens sozinhas.

    “Não tenho absolutamente nenhuma ideia das emoções, insegurança e medo que essas pessoas estão passando, nunca estive nessa situação”, adiciona. “Mas eu sei como é quando alguém estende a mão e te apoia, ou é gentil e te ajuda a se sentir seguro. É isso que eu quero fazer”.

    Eu disse, ‘você se importa se eu usar seu apartamento?’

    Gordon Cross

    Gordon Cross, um cidadão do Reino Unido que vive em Budapeste há 20 anos, diz que “a grande maioria das pessoas comuns” na Hungria está ajudando os refugiados que atravessam a fronteira – e que as pessoas que normalmente alugam acomodações para férias estão fazendo o mesmo.

    Cross, que tem um negócio de administração de propriedades na cidade com mais de 100 clientes, diz que os húngaros querem garantir que “todos tenham uma cama quando chegarem”.

    Ele também queria fazer parte disso. Assim que os refugiados começaram a chegar, ele verificou seu inventário. Oito propriedades de 100 estavam vazias – imediatamente, contatou os proprietários, perguntando se eles abririam seus apartamentos para refugiados fugindo do conflito.

    Todos disseram que sim.

    “Eu apenas disse: ‘Eu me envolvi com isso, você se importa se usarmos seu apartamento?’, e a maioria imediatamente ofereceu suas propriedades”, observa.

    “Conversei com alguns e os convenci, mas os donos que eu conhecia melhor não precisei fazer isso, especialmente aqueles com filhos. O pensamento de uma mãe com filhos tendo que deixar tudo e ir para um lugar estrangeiro – não era necessária nenhuma persuasão.”

    Um apartamento era de propriedade de um grupo que acabara de terminar uma reforma cara e planejava vendê-lo. “Alguns deles estavam tipo, ‘Oh Deus, nós íamos vender’, e eu disse: ‘Assista às notícias’. Na semana passada, recebi uma mensagem dizendo: ‘Vá em frente'”.

    Outros estão preocupados com a situação a longo prazo – um estipulou um limite de seis meses. Mas agora, Cross está mais preocupado com os refugiados do que com seus negócios.

    “[Longas estadias] não são uma preocupação imediata. Tenho de cuidar dos meus donos, é da minha conta, mas agora quero convencer mais deles a abrirem os seus apartamentos”, finaliza.

    Eles precisam delas mais do que turistas

    Jo Mackay

    Foi enquanto assistia às imagens de pessoas em uma estação de trem de Berlim segurando cartazes oferecendo suas casas aos refugiados que Jo Mackay falou com o marido.

    “Nós olhamos um para o outro e tivemos a mesma ideia ao mesmo tempo – temos a sorte de ter duas casas que alugamos, mas deveríamos entregá-las a alguém que precisa delas mais do que um turista”, afirma

    Mackay é dono da Bookings for You, uma empresa de aluguel de vivendas de luxo com propriedades na Itália, França e Mônaco. Mas ela também tem duas propriedades próprias, no Lago Maggiore, as quais aluga por meio da empresa.

    “Temos sorte de tê-los e é a coisa certa a fazer”, destaca. “Quando as compramos, precisávamos ter renda de aluguel para pagar a hipoteca, mas já as temos há mais de uma década e a vida ficou um pouco mais fácil. Eu estava de licença maternidade quando compramos e agora tenho um negócio. Portanto, estamos em uma posição que podemos [oferecer abrigo], e é a coisa certa a fazer.”

    A proprietária já tem reservas para o verão, mas está disposta a abrir mão delas. Ela oferecerá aos hóspedes com reservas um upgrade gratuito para uma propriedade mais luxuosa da empresa, se os refugiados precisarem de suas casas. “Ficarei surpresa se as pessoas não aceitarem isso”, coloca.

    As duas propriedades vizinhas, ambas com três quartos, ficam nas colinas acima de Luino, na costa leste do Lago Maggiore, perto da fronteira com a Suíça.

    Elas estão em uma pequena aldeia com apenas três outras casas, com um riacho de montanha descendo de um lado, pavões do outro e um vizinho com burros e vacas com sinos tilintantes neles.

    Mackay espera que a calma seja adequada às famílias que precisam se recalibrar. Os gerentes de propriedade no terreno se ofereceram para ajudar os recém-chegados com o que eles precisam.

    E por mais remoto que possa parecer o cenário à beira do lago, Mackay diz que a Lombardia, região em que as vilas estão localizadas, tem a maior comunidade ucraniana da Itália – então ela espera que eles encontrem famílias para preenchê-las. Ela entrou em contato com instituições de caridade locais para oferecer as duas casas e as registrou no esquema do Airbnb.

    Enquanto isso, além de registrar seu quarto vago em sua casa no Reino Unido, esta semana ela enviou um e-mail aos donos das residências que representa, perguntando se eles estariam preparados para fazer o mesmo.

    Vários já se disponibilizaram, com alguns oferecendo suas próprias moradias de forma totalmente gratuita e outros pedindo que as contas de serviços públicos sejam cobertas. Um deles também está preparando outra propriedade na Alemanha, que pode acomodar 17 pessoas.

    “Esta guerra pode nos mostrar o pior da humanidade, mas também nos mostra o melhor”, diz Mackay.

    ‘Sabemos do privilégio que temos num país seguro’

    Elisa Ngog

    Quando a Rússia invadiu a Ucrânia, Elisa e David Ngog estavam morando em seu apartamento alugado em Budapeste há um ano.

    Clientes de Gordon Cross, eles se mudaram para a Hungria em 2018, enquanto David Ngog – jogador de futebol profissional e ex-atacante do Liverpool e do Paris Saint-Germain – jogava pelo Budapest Honvéd.

    Embora o casal e seus dois filhos agora morem na Grécia, eles queriam manter os laços com a cidade – daí o apartamento, a uma curta caminhada de sua antiga casa e a alguns quarteirões do Parlamento da Hungria.

    “Nosso filho nasceu em Budapeste, então [o lugar] se tornou muito importante em nossas vidas”, explica Elisa.

    “É uma cidade onde os apartamentos não costumam ter muita luz, mas encontramos um lugar com uma varanda grande e eu adorei. Foi muito importante para nós fazer um lugar onde as pessoas fossem felizes. Essas pessoas que deixaram a Ucrânia não estarão em paz, mas espero que seja um lugar tranquilo para se viver e que eles tenham uma pausa”, continua.

    O casal estava assistindo às notícias desde o início da guerra. “Quando os primeiros [refugiados] foram embora, pensei [em ajudar], mas não sabia como oficializar”, conta Elisa. Mas alguns dias depois, Cross enviou um e-mail a todos os seus clientes, perguntando se eles ofereceriam suas propriedades.

    Os Ngogs estavam caminhando para um café quando a mensagem chegou. No momento em que estavam sentados com suas bebidas, disseram a ele que sim.

    “Não hesitamos um minuto”, afirma David. “Sabemos do privilégio que temos de estar em um país onde é seguro. É óbvio ajudar quando você tem capacidade para fazê-lo”, acrescenta.

    Desde o e-mail de Cross em 3 de março, os Ngogs receberam duas famílias no apartamento, ambas ficando por pouco tempo.

    “Quando [Gordon] enviou um vídeo de uma garotinha brincando… meu coração ficou cheio de amor”, destaca Elisa.

    “Agora há três crianças lá. Isso nos faz sentir como se tivéssemos contribuído, embora não tenhamos feito nada”, adiciona.

    Seus amigos de Budapeste também estiveram presentes para receber as famílias e trazer comida, brinquedos e calçados infantis quando necessário.
    Embora alguns outros proprietários tenham estabelecido limites de tempo para sua disponibilidade, os Ngogs estão oferecendo seu apartamento por tempo indeterminado.

    “Sinto-me muito grata pela vida que tenho e temos sorte de não precisarmos [da renda do aluguel] para viver”, diz Elisa. “Estamos felizes”.

    ‘Alguns influenciadores estão em sua própria bolha’

    Kash Bhattacharya

    Kash Bhattacharya estava no aeroporto Changi de Cingapura em uma escala de 10 horas, voltando de férias na Tailândia, enquanto lia as notícias sobre a Ucrânia.

    O blogueiro de viagens de Berlim, dono do site Budget Traveller, mandou uma mensagem para seus amigos Rosie Willan e Charlotte Hall, que administram a agência de marketing de hospitalidade do Reino Unido Stay the Night.

    Em maio de 2020, eles lançaram o programa “Adote um albergue”, que incentivava os viajantes a comprar vouchers para futuras estadias em albergues da juventude enquanto a indústria de viagens sofria.

    Desta vez, eles pensaram, poderiam lançar uma plataforma que reunisse diferentes ofertas de acomodação para refugiados de todo o mundo. Dentro de 24 horas, seu colega de trabalho, Chris Richardson, montou o Hospitality for Ukraine.

    Até o momento, existem mais de 225 anúncios em 19 países, desde famílias individuais oferecendo suas casas e unidades de aluguel, até o Generator Hostel no badalado bairro de Prenzlauer Berg, em Berlim, e 20 propriedades da rede europeia Penta Hotels.

    “Não tínhamos certeza do que esperar, mas queríamos ver o que poderíamos fazer – e recebemos uma resposta tão incrível que nos motivou ainda mais”, diz Hall.

    Hospitality for Ukraine é apenas um diretório, em vez de uma plataforma de reservas, mas Bhattacharya chama a resposta de “esmagadora”, com o feedback de instituições de caridade no local destacando que a plataforma está ajudando refugiados domésticos – particularmente aqueles de cor, que enfrentaram dificuldades em encontrar segurança.

    Hall diz que agora está em negociações com marcas maiores para adicioná-las às listas.

    “Algumas pessoas [influenciadores] parecem estar em sua própria bolha e continuam falando sobre suas próprias coisas como se não houvesse uma guerra, mas quando falamos sobre influência e fazer a diferença, sempre sinto que mais pode ser feito”, observa Bhattacharya, que diz ter ficado impressionado com a reação da comunidade de viajantes.

    Seu próximo objetivo? Usar sua influência para mostrar a potenciais viajantes que países próximos ao conflito, como a Polônia, não são perigosos de se visitar. “Todos esses países estão apoiando os refugiados e precisam mais do que nunca do turismo”, complementa.

    “Quando você ouve falar de pessoas cancelando viagens para a Polônia é triste. A melhor coisa que as pessoas podem fazer é viajar para esses lugares, e conhecer os refugiados”, finaliza.

    ‘Se você tem uma empresa, você tem responsabilidades sociais’

    Ariel Schiff

    O grupo também doou sabão, cobertores e outros itens essenciais para as fronteiras da Ucrânia, graças a um designer alemão-ucraniano que estava organizando caminhões para levar suprimentos desde o início da crise, diz o cofundador do projeto Ariel Schiff.

    Inicialmente, eles abrigaram cerca de 25 desses caminhoneiros em seus hotéis. À medida que os refugiados começaram a chegar a Berlim, as portas também se abriram para eles.

    “Não há dúvida – é natural que você deva ajudar”, diz Schiff, ao falar sobre por que ele tomou esta decisão. “Não é nada especial. Se há pessoas que precisam de ajuda, não há dúvida de que você deve [ajudar]. E se você tem uma empresa, também tem responsabilidades sociais”.

    Muitos refugiados já chegaram a Berlim, e o grupo está tentando ajudar onde quer que tenha disponibilidade.

    “Às vezes [voluntários] ligam às 22h e dizem que temos três mulheres e crianças na rua – eu ligo para meu empresário e digo a eles ‘você tem três mulheres e três crianças chegando’. A resposta nunca foi um ‘não'”, conta

    “Às vezes estamos esgotados, mas no final você sempre encontra um ou dois quartos”, pondera.

    Schiff diz que os berlinenses se uniram durante a crise: “Temos um hotel perto da estação central e é incrível a quantidade de pessoas que vão lá para ajudar. Tenho muitos funcionários que vão lá depois do trabalho. De repente, há uma solidariedade que não via há anos.

    “Não há nada de bom nisso. esta guerra, mas todos estão preocupados e todos estão pensando no que podem fazer para ajudar”, coloca.

    ‘É um espelho do que passamos na Segunda Guerra Mundial’

    Mindaugas Reinikis

    Como uma das Capitais Europeias da Cultura de 2022, Kaunas – a segunda principal cidade da Lituânia – estava se preparando para os holofotes deste ano.

    Seu tema – “Do Temporário ao Contemporâneo”, desencadeado pelo status de capital temporária da Lituânia, enquanto Vilnius havia sido reivindicada pela Polônia entre a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais – planejava enfrentar a difícil história da cidade.

    Na Segunda Guerra Mundial, Kaunas foi ocupada pelos nazistas. Mais tarde, foi anexada à União Soviética, com a revolta da ‘Primavera de Kaunas’ de 1972 brutalmente reprimida.

    Foram elaboradas exposições que giravam em torno da ocupação e da guerra, com participantes de Marina Abramovic a William Kentridge e Yoko Ono, para um ano.

    A invasão da Ucrânia pela Rússia foi fortemente sentida, porque Kaunas já havia “estado lá antes”, explica Mindaugas Reinikis, chefe de marketing e comunicação do projeto Capital da Cultura.

    “O que está acontecendo agora é, de uma forma muito triste, o contexto certo”, continua. “É um espelho do que passamos na Segunda Guerra Mundial – os jogadores e personagens estão mudando, e as nações são um pouco diferentes, mas as atrocidades são as mesmas – é um ditador louco tentando acabar com outras nações. dá vida] ao nosso programa”, afirma.

    Eles presenciaram um aumento de 30% na venda de ingressos para os eventos desde o início da invasão russa. “A guerra ainda é muito crua em Kaunas. Agora somos 95% lituanos, mas antes da Segunda Guerra Mundial Kaunas era 30% judia”, analisa Reinikis.

    Enquanto os eventos ganham nova ressonância, o projeto está colocando um novo foco na cultura ucraniana com seu novo projeto: CulturEUkraine.

    A antiga estação de correios central da cidade – uma obra-prima modernista, que já era um local de exposições – foi decorada com as cores da bandeira da Ucrânia, com o terceiro andar transformado em um espaço onde os refugiados podem criar, além de se reagrupar, e obter ajuda prática e psicológica.

    Haverá também um espaço para artistas residentes, uma vez que os refugiados se sintam aptos a criar, para que os visitantes possam se aproximar da cultura ucraniana. Eles já receberam perguntas de companhias de teatro e artistas individuais.

    A cidade já realizou um concerto no qual três músicos clássicos da Ucrânia tocaram. Eles agora encontraram trabalho nas Filarmônicas de Kaunas e Vilnius.

    O objetivo de Reinikis é usar o crescimento do turismo deste ano para manter o foco na situação e preservar a cultura ucraniana na diáspora em rápido crescimento. Ele espera que o status de Capital da Cultura inicie um debate público sobre “quais plataformas podemos oferecer”.

    Ele acrescenta: “Esperamos que se torne uma incubadora e que surjam algumas iniciativas artísticas ou novos coletivos e que possamos criar uma plataforma onde eles possam criar”.

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