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    Conheça a longa lista de processos envolvendo Donald Trump

    Investigações incluem esforços para reverter o resultado da eleição presidencial dos EUA de 2020 e o manuseio de documentos confidenciais da Casa Branca

    Ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante comício em Iowa
    Ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante comício em Iowa Reuters

    Dan Bermanda CNN

    O volume de investigações envolvendo o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump é impressionante e inclui os esforços para reverter o resultado da eleição presidencial dos EUA de 2020, o manuseio de documentos confidenciais da Casa Branca e as finanças de suas empresas.

    Trump está sendo processado tanto pelo poder legislativo como pela polícia, por sua sobrinha Mary Trump, pela jornalista E. Jean Carroll – cuja acusação de estupro ele nega – e por seu ex-advogado Michael Cohen, que já cumpriu pena na prisão. A procuradora-geral do estado de Nova York e o promotor do distrito de Manhattan estão analisando a empresa de Trump. E vários comitês do Congresso ainda querem ver suas declarações de impostos.

    Seguem algumas das investigações e ações judiciais envolvendo o ex-presidente:

    6 de janeiro: Câmara seleciona investigação do comitê

    O painel composto por legisladores democratas e dois republicanos – os deputados Liz Cheney e Adam Kinzinger – analisando tudo que culminou e envolve o ataque de 6 de janeiro ao Capitólio dos EUA por partidários de Trump, ato que interrompeu a certificação da vitória eleitoral de Joe Biden.

    O comitê emitiu pelo menos 80 intimações solicitando depoimentos ou registros telefônicos de assessores próximos de Trump, incluindo Rudy Giuliani e o ex-chefe de gabinete Mark Meadows, organizadores do comício “Stop the Steal” e ex-funcionários da Casa Branca.

    De acordo com a reportagem da CNN, as atividades de Trump em 6 de janeiro e os esforços para usar os mecanismos do governo para trocar o resultado da eleição são de especial interesse.

    O comitê também obteve registros relacionados aos atos de 6 de janeiro da Casa Branca de Trump, após a Suprema Corte rejeitar a tentativa do ex-presidente de bloquear a transferência dos documentos do Arquivo Nacional.

    Audiências públicas estão previstas para os próximos meses e um relatório deve ser publicado ainda este ano. Também é possível que o comitê faça recomendações formais ao Departamento de Justiça para processos criminais.

    6 de janeiro: Ações judiciais por legislativo e pela polícia

    Vários congressistas democratas acusaram Trump e Giuliani de conspirar com os grupos de extrema-direita Proud Boys e Oath Keepers para incitar os ataques. Em outra frente, o deputado democrata da Califórnia Eric Swalwell está processando Trump, Giuliani, Donald Trump Jr. e o deputado republicano Mo Brooks, afirmando que seus discursos em 6 de janeiro de 2021 incitaram o tumulto.

    Vários membros da Polícia do Capitólio dos EUA e da Polícia Metropolitana de Washington também estão processando o ex-presidente, alegando que as palavras e ações de Trump incentivaram o motim. Vários casos acusam Trump de ordenar a agressão, ajudar e favorecer o ataque e as agressões e violar as leis locais de Washington, que proíbem a incitação a tumultos e conduta desordeira.

    Até agora, Trump e seus principais conselheiros não foram acusados formalmente de nenhum crime. O ex-presidente e outros que são processados argumentaram que não são responsáveis pelas ações das pessoas que invadiram o Capitólio.

    Documentos da Casa Branca: Onde estarão?

    Encarregado de coletar e classificar material presidencial, o Arquivo Nacional diz que pelo menos 15 caixas de registros da Casa Branca foram recuperadas de Mar-a-Lago, o resort de Trump na Flórida, incluindo registros que poderiam ser confidenciais.

    Há também indícios que Trump tenha rasgado documentos na Casa Branca, mas Maggie Haberman, do “The New York Times”, afirmou que que alguns papeis podem ter sido jogados em vasos sanitários (Trump nega).

    Qualquer retenção ou destruição não autorizada de documentos da Casa Branca levanta uma bandeira vermelha por causa da lei criminal que proíbe a remoção ou destruição de registros oficiais do governo, como explicaram especialistas jurídicos à CNN.

    O Departamento de Justiça não decidiu se iniciará formalmente uma investigação, segundo fontes informadas sobre o assunto.

    Eleição 2020: Esforços para reverter os resultados na Geórgia

    No condado de Fulton, na Geórgia, a promotora pública Fani Willis está investigando o que Trump ou seus aliados podem ter feito em seus esforços para tirar a vitória de Biden na Geórgia.

    A investigação foi lançada no ano passado após a ligação de Trump com o secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, na qual ele pressionou o republicano a “encontrar” votos para anular os resultados das eleições.

    “Esta é uma investigação criminal. Não estamos aqui jogando um jogo”, afirmou a promotora Willis disse a Sara Murray, da CNN, em uma entrevista recente. “Planejo usar o poder da lei. Somos todos cidadãos”.

    Willis, que quer convocar um grande júri em maio, também foi alvo de ameaças racistas e pediu ajuda ao FBI.

    Eleição 2020: Eleitores falsos no Michigan

    O Departamento de Justiça (equivalente ao ministério) está analisando o plano para apresentar falsos eleitores de sete estados após uma referência da procuradora-geral do estado de Michigan.

    Certificados falsos foram criados por aliados de Trump na Geórgia, Arizona, Michigan, Pensilvânia, Wisconsin, Nevada e Novo México. A ideia era substituir os eleitores válidos de seus estados por uma chapa pró-Trump.

    A procuradora-geral de Michigan, Dana Nessel, disse que falsificações de registros públicos e eleitorais podem resultar em quase 20 anos de prisão, de acordo com a lei estadual. Embora ninguém tenha sido acusado de um crime, Nessel disse que encaminhou a investigação feita em Michigan para o Departamento de Justiça dos EUA.

    Uma eleitora falsa de Michigan gabou-se recentemente que a campanha de Trump havia coordenado toda a operação.

    “Lutamos para posicionar os eleitores. A campanha de Trump pediu que a gente fizesses isso”, contou Meshawn Maddock, copresidente do Partido Republicano de Michigan, num evento público organizado pelo grupo conservador Stand Up Michigan, de acordo com uma gravação obtida pela CNN.

    Trump Organization: Investigação criminal e civil em NY

    Desde 2019, a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, investiga as empresas de Trump e recentemente detalhou o que seu escritório acredita ser demonstrações financeiras “enganosas ou fraudulentas”.

    James diz que seu escritório descobriu evidências “significativas” que “indicam que a Trump Organization usou avaliações de ativos fraudulentas ou enganosas para obter vários benefícios econômicos, incluindo empréstimos, cobertura de seguro e deduções fiscais”.

    Trump negou irregularidades e disse repetidamente que a investigação de James é politicamente motivada.

    Trump Organization: Outra investigação criminal em NY

    O promotor público de Manhattan Alvin Bragg herdou a investigação sobre os negócios de Trump e está se movendo rapidamente.

    A investigação, que está em andamento há vários anos, parece estar chegando ao auge com os promotores se concentrando na precisão das demonstrações financeiras da Trump Organization ao buscar financiamento, segundo fontes relataram à CNN.

    Finanças pessoais: Litígio com a sobrinha Mary Trump

    Trump e sua sobrinha Mary estão brigando na justiça por causa de sua parte de um acordo familiar de 2001.

    Em 2020, Mary Trump processou Trump, a irmã dele Maryanne Trump Barry, juíza aposentada e executora do espólio de seu falecido tio Robert Trump, alegando que “eles projetaram e executaram um esquema complexo para desviar fundos de seus interesses, ocultar sua fraude e enganá-la sobre o verdadeiro valor do que ela havia herdado”.

    Enquanto isso, o ex-presidente está processando sua sobrinha e o jornal “The New York Times” no tribunal estadual de Nova York pela divulgação de suas informações fiscais.

    Difamação: As alegações de estupro

    A jornalista e colunista de revistas E. Jean Carroll alegou que Trump a estuprou em um camarim de uma loja de departamentos de Nova York em meados dos anos 1990 e a difamou quando negou o estupro, dizendo que ela não era seu tipo e que ela teria inventado o caso para aumentar as vendas de seu livro.

    Um tribunal federal de apelações está analisando se o processo pode prosseguir. Trump e o Departamento de Justiça disseram que Trump era um funcionário federal e suas declarações negando as alegações de Carroll foram feitas em resposta a perguntas de repórteres enquanto ele estava na Casa Branca. Os advogados argumentaram que o Departamento de Justiça deveria ser o réu nesse processo, mas que, como o governo não pode ser processado por difamação (apenas uma pessoa física), isso encerraria o caso.

    Enquanto isso, outro juiz federal deve realizar uma audiência na quinta-feira (17) sobre o contraprocesso de Trump contra Carroll.

    Michael Cohen: Retaliação contra Trump e Barr

    O ex-advogado de Trump Michael Cohen, está processando o ex-presidente, o ex-procurador-geral William Barr e outros, alegando que eles o colocaram de volta na prisão enquanto estava em prisão domiciliar. Eles teriam feito isso para impedir que Cohen promovesse seu novo livro.

    Por causa da Covid-19, Cohen cumpria em casa o restante de sua sentença por mentir ao Congresso e por violações de campanha, quando iniciou uma campanha nas mídias sociais em meados de 2020, como contou o site Courthouse News.

    Em retaliação, Cohen diz que foi mandado de volta para a prisão e passou 16 dias na solitária até que um juiz federal intercedeu a seu favor.

    Uma conferência inicial do processo está marcada para o início de março.

    Kara Scannell, Sara Murray, Marshall Cohen e Tierney Sneed, da CNN, contribuíram para esta reportagem.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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