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    Condado de Washington declara estado de emergência por violência em protestos

    Diversas cidades norte-americanas vêm registrando protestos contra a morte de George Floyd

    Andy Rose, Brynn Gingras, Carma Hassan, Tina Burnside e Jennifer Henderson, , da CNN

    O condado de King, que abriga a cidade de Seattle, no estado norte-americano de Washington, decretou estado de emergência, nesta segunda-feira (1º),  em razão “da violência e dos roubos associados a alguns dos protestos locais”. Diversas cidades dos Estados Unidos vêm registrando protestos contra a morte de George Floyd, homem negro morto sufocado por um policial branco.

    “O condado de King valoriza e respeita a expressão pacífica de visões políticas e apoia todas as pessoas no exercício dos direitos da Primeira Emenda”, disse o governo local em um comunicado. 

    Prevista na Constituição dos EUA, a Primeira Emenda protege os direitos fundamentais dos cidadãos norte-americanos contra interferências do governo, proibindo o estabelecimento de qualquer lei que impeça a liberdade de religião, de expressão, de imprensa e as associações pacíficas.

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    Horas antes, o governador de Washington, Jay Inslee, convocou a Guarda Nacional em todo o estado, ordenando que fossem acionados quantos profissionais fossem necessários.

    Madrugada de protestos e prisões

    Centenas de pessoas foram presas durante esta madrugada, em diversas partes dos EUA, enquanto participavam de protestos.

    Em Nova York, foram feitas mais de 200 prisões, sendo a maioria delas em Manhattan e Brooklyn. Ao menos sete policiais ficaram feridos e dezenas de veículos foram danificados durante as manifestações, disse o departamento de polícia local.

    Centenas de manifestantes também foram presos no estado da Califórnia. Ao menos nove disparos foram feitos na cidade de Santa Monica, que registrou mais de 1 mil ligações para o número de emergência na madrugada. Segundo a prefeitura, há em média 200 ligações feitas em um dia normal. Na cidade de San Diego, mais de 100 pessoas foram presas por acusações que vão de falha na dispersão a roubo e vandalismo.

    Em Charlotte, na Carolina do Norte, 15 pessoas foram presas. De acordo com a polícia local, um dos manifestantes foi detido por atirar uma pedra contra o rosto de um dos agentes. Outros três foram detidos por posse ilegal de armas.

    Ao todo, desde o início dos protestos contra a morte de George Floyd, cerca de 4 mil norte-americanos foram presos. Mais de 40 cidades determinaram toque de recolher em resposta aos protestos, mas em muitas regiões eles foram quebrados.

    Três mortos durante atos

    Em Louisville, no estado do Kentucky, uma pessoa morreu na manhã desta segunda-feira. “Agentes e soldados começaram a limpar o estacionamento e, em algum momento, foram baleados. Membros da Guarda Nacional e da polícia atiraram em resposta, e temos um homem morto no local”, informou o chefe da polícia de Louisville, Steve Conrad, durante uma entrevista coletiva. As autoridades estão analisando o vídeo do incidente para determinar com mais detalhes o que aconteceu.

    Outras duas pessoas morreram e quatro ficaram feridas, incluindo um policial, em Davenport, no Iowa. De acordo com o chefe de polícia local, Paul Sikorski, três policiais patrulhavam a região quando sofreram uma emboscada, foram alvo de tiros e dispararam em resposta.

    Na sexta-feira, um homem de 19 anos foi morto após policiais dispararem contra manifestantes em Detroit, no estado de Michigan. A vítima chegou a ser levada para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

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