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    Comunidade internacional precisa pressionar por pausas humanitárias em Gaza, diz professor

    À CNN Rádio, o professor de Defesa e Segurança Internacional Sandro Teixeira defendeu que países devem se esforçar para fazer chegar ajuda humanitária na Faixa de Gaza

    Bruna Salesda CNN* , São Paulo

    Enquanto o cessar-fogo não parece uma realidade, há que se ter uma maior pressão da comunidade internacional para a chegada da ajuda humanitária na Faixa de Gaza, o epicentro do conflito entre Israel e Hamas, na avaliação do professor de Defesa e Segurança Internacional Sandro Teixeira.

    Segundo o professor, seriam necessários “100 caminhões por dia para manter Gaza funcionando no mínimo possível, para manter a vida daquela população de 2,3 milhões de pessoas”, mas o que se tem visto “é um acesso muito menor”.

    “É uma questão da comunidade internacional pressionar tanto Israel quanto os grupos terroristas que ali operam, enviando mensagens claras por meio do preparo de forças militares, como quando os Estados Unidos enviaram um porta-aviões para o leste do Mar Mediterrâneo”, explicou à CNN Rádio.

    Sandro Teixeira também citou uma ação dos Emirados Árabes Unidos, que anunciaram a criação de um hospital de campanha com 150 leitos para tratar os feridos na Faixa de Gaza.

    Nesta segunda-feira (6), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, discutiram sobre ajuda humanitária e “a possibilidade de pausas táticas” em um telefonema.

    De acordo com o professor, para que essas pausas sejam bem-sucedidas, é preciso que a comunidade internacional atenda dois principais pontos. “O primeiro é recuperar a sensação de segurança israelense, porque toda a ação de Israel está sendo realizada em prol de uma promessa da recuperação da capacidade de dissuadir os grupos terroristas de atacar novamente o país”, pondera.

    “Por outro lado”, destaca Sandro Teixeira, “é preciso ter um esforço internacional na busca pelas condições de uma vida digna para a população palestina em Gaza”.

    “Hoje, você tem uma população palestina com 40% da sua totalidade abaixo da linha de 17 anos em Gaza. É uma demografia que precisa de empregos, de uma economia mais forte, de oportunidades para que o terrorismo seja colocado de lado”, explica. “Não é somente com força militar que se pode vencer o terrorismo, mas também a partir de uma estratégia política, econômica e cultural.”

    *Com produção de Bel Campos

    VÍDEO – CNN entra na Faixa de Gaza e mostra avanço das tropas de Israel

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