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    Com Putin remoto e Lula presente, cúpula dos Brics começa com debate sobre expansão

    Além dos compromissos do grupo, presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá uma reunião com representantes do Congresso Nacional Africano

    Douglas Portoda CNN , São Paulo

    A 15ª cúpula dos Brics começa nesta terça-feira (22), em Joanesburgo, na África do Sul. Este será o primeiro encontro presencial do grupo desde o início da pandemia de Covid-19.

    O primeiro evento dos chefes de Estado começa às 11h (horário de Brasília), com o diálogo do Fórum Empresarial do Brics. Às 13h, acontece a reunião no retiro dos líderes do grupo.

    VÍDEO – Análise: Cúpula dos Brics vai discutir entrada de novos países

    Quem estará presente?

    Estarão presentes, além do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa; o presidente chinês, Xi Jinping; e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.

    O presidente da Rússia, Vladimir Putin, participará de forma remota. A decisão acontece após o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitir, em março, um mandado de prisão contra o líder russo.

    A África do Sul concedeu imunidade diplomática a todos os funcionários presentes à cúpula em agosto, o que daria a oportunidade de Putin ir ao país.

    Outras reuniões

    Lula se encontra, a partir das 6h, com representantes do Congresso Nacional Africano.

    Às 8h30, acontece o “Conversa com o Presidente”, entrevista semanal concedida pelo chefe do Executivo.

    Às 14h, Cyril Ramaphosa oferece o jantar de boas-vidas aos líderes do Brics.

    O que deve ser tratado na cúpula

    Com o lema “Brics e África: Parceria para Crescimento Mútuo Acelerado, Desenvolvimento Sustentável e Multilateralismo Inclusive”, a presidência pro tempore da África do Sul é marcada pela ênfase em temas da agenda econômico-financeira do grupo, bem como pela evolução das discussões sobre a ampliação do quadro de membros, que foi iniciada em 2022, pela China.

    Lula defendeu, em 2 de agosto, que novos países fossem incluídos nos Brics, como Arábia SauditaArgentina e Emirados Árabes Unidos. De acordo com o presidente brasileiro, os representantes das nações do grupo poderiam discutir a possibilidade de adesão de novas nações se houver consenso.

    “Possivelmente, nessa reunião, a gente já possa decidir, por consenso, quais os países novos que poderão entrar para os Brics. Eu acho extremamente importante a gente permitir que outros países, que cumprem as exigências, entrarem para os Brics. Do ponto de vista mundial, eu acho que os Brics podem ter uma papel essencial na economia”, disse Lula.

    VÍDEO: China e Rússia pressionam por expansão dos Brics

    Além da expansão, devem ser abordados outros tópicos, como:

    • Aprimoramento da governança global;
    • Recuperação econômica;
    • Cooperação entre países em desenvolvimento;
    • Combate à fome;
    • Mudança do clima;
    • Transição energética.

    Também estará em debate a criação de unidade de valor comum em transações comerciais e de investimentos entre os membros dos Brics. Segundo o governo brasileiro, a questão não visa substituir as moedas nacionais, mas projetar uma alternativa estável às moedas internacionais predominantes.

    Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) –conhecido como Banco dos Brics– fez sua primeira emissão de títulos na África do Sul em moeda local na última quarta-feira (16). O banco é chefiado pela ex-presidente do Brasil Dilma Rousseff (PT).

    Atualmente, o banco enfrenta pressão para aumentar a captação de recursos e empréstimos em moeda local.

    Veja também: Empresários brasileiros vão levar demandas aos Brics

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