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    Com metade das urnas apuradas, esquerda lidera com Castillo a eleição no Peru

    Candidato socialista foi favorito entre os cidadãos das cinco regiões mais pobres do país

    Weslley Galzo, da CNN, em São Paulo

    O candidato à presidência do Peru, Pedro Castillo, largou na frente na apuração do resultado das eleições de primeiro turno que ocorreram no último domingo (11). Com 52, 14% das urnas apuradas, Castillo lidera com 16,29% dos votos e 3 pontos percentuais de vantagem em relação ao segundo colocado, Hernande De Soto, do Avanza País – Partido de Integração Nacional, que tem até o momento 13, 49% dos votos válidos.

    Apesar de mais da metade das urnas já terem sido apuradas, o  resultado final do processo eleitoral só deve ser confirmado nos próximos dias. Na madrugada desta segunda-feira (12), o instituto de pesquisa Ipsos Peru previa um segundo turno de extremos, entre a extrema-esquerda de Castillo e a conservadora linha dura Keiko Fujimori. 

    Por volta das 2h da manhã, o instituto estimava a vitória em primeiro turno do líder sindical e professor de escola primária, Pedro Castillo, por 18,6% dos votos contra 14,5% para Keiko – filha do ex-presidente e ditador preso por violação aos direitos humanos Alberto Fujimori. A candidata do partido Fuerza Popular (Força Popular) figura agora na terceira colocação com 12,8% dos votos, empatada com Rafael Lopez Aliaga, um político de extrema-direita. 

    Os resultados parciais não agradaram o mercado financeiro peruano, que está preocupado com a futura liderança do segundo maior produtor de cobre do mundo. Líder nas pesquisas e frontalmente contra os desígnios do mercado, Castillo se comprometeu a reformular a constituição da nação andina com o objetivo de enfraquecer a elite empresarial e dar ao estado um papel mais dominante em setores como mineração, petróleo, energia hidrelétrica, gás e comunicações.

    A convocação de um nova Assembleia Constituinte foi uma promessa da campanha de Castillo ao eleitorado jovem, que, em 2019, convocou manifestações antigovernamentais cuja principal reivindicação era a reformulação da constituição de 27 anos – criada durante o governo autoritário de Alberto Fujimori. Outra proposta de Castillo que incomoda setores da sociedade peruana é a manutenção do salário dos professores e redução do valor pago aos parlamentares.

    Os peruanos também votaram para eleger os deputados que deverão ocupar as 130 cadeiras do Congresso Nacional. Pesquisa da Ipso Peru aponta para a permanência da fragmentação do Legislativo entre 11 partidos que deverão atingir o percentual mínimo de 5% dos votos.

    (Com informações da Reuters)

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