Com medo de derrota na eleição, aliados pressionam Trump a ser menos polarizador
A quatro meses da disputa com o democrata Joe Biden, nas eleições de 3 de novembro, os números de Trump nas pesquisas de opinião têm afundado
Falando sob condição de anonimato, aliados disseram que Trump costuma ser seu pior inimigo. Eles citaram o fato de o presidente ter retuitado um vídeo no domingo que incluía um torcedor gritando “poder branco”, um slogan entre os supremacistas brancos. Em seguida, ele excluiu a postagem.
“Ele precisa recuar e se tornar um presidente aceitável e depois encarar Biden”, disse um aliado republicano próximo à Casa Branca.
“As pessoas estão de fato dizendo: ‘Ele quer mais isso?'”, afirmou o aliado a respeito de colegas republicanos. “‘Ele está procurando uma estratégia de saída?'”
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Os números decrescentes de Trump nas pesquisas preocupam alguns republicanos sobre perder o controle do Senado dos EUA, já tendo perdido a liderança da Câmara dos Deputados em 2018.
A fonte disse que, talvez em agosto, o líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, pode ter de aconselhar os candidatos republicanos ao Senado a se distanciarem de Trump, se necessário, para vencer as eleições e manter a maioria.
O gabinete de McConnell não respondeu a um pedido de comentário.
Questionado sobre as preocupações, o porta-voz da Casa Branca Judd Deere disse que o presidente “mostrou várias vezes que não tem medo de encarar os grandes desafios que o país enfrenta” e que Trump e sua equipe estão “envolvidos em um processo político contínuo para uma agenda ousada no segundo mandato”.
Outro republicano próximo à Casa Branca afirmou que Trump reconheceu na semana passada, de forma privada, que estava atrasado em sua corrida contra Biden depois que uma série de pesquisas mostrou que ele está perdendo nacionalmente e em Estados importantes que decidirão a eleição.
“Ele sabe que está com problemas”, declarou a fonte republicana. “Ele não tem mensagem.”
Na esperança de conter sua queda, Trump está considerando fazer mudanças na equipe e maneiras de ampliar sua mensagem para atrair apoio além de sua base conservadora. Aliados dizem que ele quer se concentrar em sua capacidade de liderar uma recuperação econômica do país, seu único ponto de sucesso nas pesquisas.