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    Com aumento de tensões na China, Taiwan promete reforçar poder de combate

    Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen irá discursar nesta segunda (10)

    Yimou LeeBen Blanchardda Reuters

    Em Taipei

    A presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, irá prometer reforçar o poder de combate da ilha e a determinação de melhorar suas defesas. O comunicado deve ser feito na segunda-feira (10) em um grande discurso, em um momento em que as tensões com a China aumentaram dramaticamente.

    A Taiwan democrata é reivindicada pela China como seu próprio território e está sob crescente pressão militar e política de Pequim. A tensão aumentou especialmente no início de agosto, após uma visita a Taipei, capital de Taiwan, feita pela presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi.

    De acordo com um esboço de seu discurso — conforme descrito à Reuters por uma fonte informada sobre seu conteúdo –, Tsai falará sobre “aumentar o poder de combate da defesa nacional e unir a moral do povo”.

    “Além de reafirmar a determinação de Taiwan de aumentar sua autodefesa e sua posição de manter a paz e a estabilidade regionais, a presidente também aumentará os esforços para fortalecer o poder de combate e a resiliência da defesa nacional”, disse a fonte.

    Tsai está supervisionando um programa de modernização militar e aumentando os gastos com defesa enquanto a China pressiona suas reivindicações de soberania contra Taiwan.

    O discurso deve ser feito fora do escritório presidencial, no centro de Taipei, onde também haverá um desfile militar. Tsai enfatizará que a “resiliência democrática” é a chave para proteger Taiwan, disse a fonte.

    Isso inclui continuar a aprofundar a cooperação internacional e “conectar estreitamente” aliados democráticos, dirá a presidente.

    O discurso de Tsai acontecerá menos de uma semana antes da abertura do congresso do Partido Comunista da China em Pequim, onde se espera que o presidente chinês Xi Jinping ganhe um terceiro mandato de cinco anos.

    A China se comprometeu a trabalhar pela “reunificação” pacífica com Taiwan sob o modelo “um país, dois sistemas”.

    Todos os principais partidos políticos taiwaneses rejeitaram essa proposta que quase não tem apoio público, de acordo com pesquisas de opinião. A China também nunca renunciou ao uso da força para colocar Taiwan sob seu controle.

    A China se recusa a falar com Tsai, reeleita por uma vitória esmagadora em 2020 com a promessa de enfrentar Pequim, acreditando que ela é uma separatista. Tsai ofereceu repetidamente conversas baseadas na igualdade e no respeito mútuo.

    Ela fez do fortalecimento das defesas de Taiwan uma pedra angular de seu governo para permitir uma dissuasão mais confiável à China, que está firmando um ambicioso programa de modernização de suas próprias forças armadas.

    *Reportagem de Yimou Lee e Ben Blanchard; Edição de Alex Richardson