Colômbia e rebeldes do Exército de Libertação Nacional prorrogam cessar-fogo
Novo prazo negociado será de seis meses; presidente colombiano busca um plano de paz
O governo colombiano e os rebeldes do Exército de Libertação Nacional (ELN) concordaram em estender seu cessar-fogo bilateral por mais seis meses, segundo um comunicado divulgado.
Um cessar-fogo inicial de seis meses expirou na semana passada e foi prorrogado por cinco dias.
Negociadores de ambos os lados, reunidos em Havana, indicaram que o cessar-fogo bilateral, nacional e temporário (BNTFC) duraria 180 dias.
A declaração informou que o ELN havia decidido “suspender unilateral e temporariamente as detenções econômicas, um compromisso que será acompanhado pelo Mecanismo de Monitoramento e Verificação”.
Embora o ELN tenha suspendido os sequestros durante as negociações, seus líderes pediram ao governo recursos financeiros para manter seus combatentes, uma questão que eles estão abordando nas negociações.
O governo do presidente Gustavo Petro reiniciou as negociações de paz com o ELN em 2022 como parte de uma política de “paz total” para pôr fim ao conflito de seis décadas no país, no qual mais de 450.000 pessoas foram mortas.
Até o momento, o governo de Petro realizou seis rodadas de negociações de paz com o ELN, um processo apoiado por México, Noruega, Venezuela, Cuba, Brasil e Chile, que estão participando como países garantidores.
O presidente da Colômbia também está negociando com o Estado Mayor Central (EMC), a maior facção armada do antigo grupo rebelde Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Natalia Siniawski, Nelson Bocanegra e Luis Jaime Acosta, em Bogotá, contribuíram para esta reportagem.