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    Coalizão deve dar estabilidade para Giorgia Meloni na Itália, avalia professora

    À CNN Rádio, Carolina Pavese explicou que maioria no Congresso e no Senado pode garantir durabilidade maior do que antecessores no comando do país

    Amanda Garciada CNN

    Giorgia Meloni, de 45 anos, deve se tornar a próxima primeira-ministra da Itália, após coalizão de direita liderada pelo partido dela vencer as eleições gerais no último domingo (25).

    À CNN Rádio, a professora da ESPM Carolina Pavese avalia que esta coalizão deve ter em torno de 44% dos votos tanto no Congresso, quanto no Senado.

    “Isso dá maior estabilidade ao governo dela, ao contrário dos antecessores, ela pode ter durabilidade maior do que Mario Draghi, que teve um ano e meio de governo”, disse.

    Ela lembra que o tempo médio de um primeiro-ministro na Itália é de apenas 400 dias.

    Isso acontece porque, no regime parlamentarista, “um primeiro-ministro precisa de base de apoio de maioria, foi o que justamente o que levou Draghi a renunciar, quando o movimento Cinco Estrelas deixou a base de apoio.”

    “Meloni começa com vantagem, tem coalização de direita, muda um pouco o perfil do governo dela, quer dizer que deve fazer menos concessões de partidos de esquerda e de centro”, completou.

    Por esse motivo, “podemos esperar que ela virá com agenda de extrema-direita bem forte.”

    Na opinião da professora, essa agenda preocupa porque “rompe com pilares da democracia”, como olhar o interesse da coletividade, e vai contra grupos minoritários, como LGBTQIA+, migrantes e visa restringir direitos ao aborto.

    “Nesse sentido, é um retrocesso para a democracia da Itália”, afirmou.

    *Com produção de Isabel Campos

     

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