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    CNN Mundo: O Brasil aos olhos dos outros países

    Consumidores são mais propensos a comprar produtos de países com os quais simpatizam. Questões sobre meio ambiente ou direitos humanos fazem parte dos critérios

    Da CNN, em São Paulo

    Não é de hoje o consenso entre especialistas de diversas áreas de que a imagem de um país 
    perante o mundo é fundamental. 

    Os consumidores são mais propensos a comprar produtos de países com os quais simpatizam. Questões sobre meio ambiente ou direitos humanos fazem parte dos critérios para a escolha. Países com uma boa imagem também atraem mais turistas e investimentos.

    E como estará a imagem do Brasil lá fora, depois de uma série de incidentes ligados à preservação da Amazônia, democracia, combate à pandemia e corrupção? Para debater o assunto, o analista de internacional da CNN Lourival Sant’Anna conversa com Alfredo Valadão, professor da Escola de Ciência Política da Universidade Sorbonne em Paris; Thiago Aragão, analista da consultoria Arko Advice de Washington; e Andrés Schipani, correspondente no Brasil do jornal “Financial Times”. 

    Para Valadão, “a verdade é que a imagem do Brasil na Europa está profundamente abalada, neste momento”, disse.

    Segundo ele, essa degradação vem de antes do governo atual. “O que sai na mídia é que o Brasil é um país de corrupção, violência, pobreza, um país que não consegue botar a sua casa em ordem, sempre com a economia andando mal. A imagem do Bolsonaro como ´Trump Tropical´ pega mal, principalmente na questão do meio ambiente. Não há mais nos governos da Europa quem não leve a sério a questão do clima”, acrescentou. 
     
    Para Aragão, analista da consultoria Arko Advice de Washington, as crises internas do governo geram desconfiança. “Em conversas com grupos estrangeiros que investem no Brasil, eles não querem entrar no mérito de quem está certo ou errado. Eles ressaltam muito o fato da ´criação de crises dentro de uma grande crise´. E isso demonstra que falta um foco muito claro do governo brasileiro no combate ao coronavírus”, disse.

    “No caso do ex-ministro Sergio Moro, fica mais emblemático porque o Moro é conhecido internacionalmente por conta da operação Lava Jato. A compreensão que muitos investidores têm é que isso traz um clima de incertezas muito grande sobre qual a lógica da tomada de decisões dentro do governo, e até que ponto, o governo consegue inibir a geração de novas crises que podem afetar os investimentos no Brasil.”

    Andrés Schipani destaca que os desgastes diplomáticos colocam a agenda de exportações em risco. “Há uma briga desnecessária com a China. Primeiro do filho do presidente, depois do ministro da Educação com o embaixador Chinês que foge também da diplomacia tradicional. A China caiu a economia no primeiro trimestre em mais de 6%. Isso para o Brasil pode ter muita repercussão”, disse.
     
    “O Brasil depende da exportação do minério de ferro, soja, carne… Então, tudo isso vai ter um grande impacto a depender de como o governo joga as cartas de suas relações comerciais”, acrescentou.

     

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