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    Cinco décadas após ter sido encontrado boiando em rio, corpo de mulher é identificado nos EUA

    Jewell Langford viajou para Montreal em 1975, mas nunca voltou para casa; Restos mortais de Langford foram indentificados através da genealogia genética investigativa

    Zenebou Syllada CNN

    A polícia canadense identificou uma mulher conhecida como “Nation River Lady” quase cinco décadas depois que ela desapareceu e foi encontrada morta boiando em um rio em Ontário, disse a polícia.

    Jewell “Lalla” Langford, cujo nome de solteira era Parchman, viajou para Montreal em abril de 1975, mas nunca voltou para casa e sua família relatou seu desaparecimento, informou a Polícia Provincial de Ontário na quarta-feira (5) em um comunicado à imprensa.

    A polícia diz que Langford, de 48 anos, ficou conhecida como a “Nation River Lady”, em homenagem ao rio Nation, no leste de Ontário, onde seus restos mortais foram encontrados em 3 de maio de 1975.

    Em março de 2022, seus restos mortais foram repatriados para os Estados Unidos, seguidos de uma cerimônia fúnebre e enterro, diz o comunicado.

    Langford foi estrangulada com um cabo de televisão coberto de plástico, de acordo com o DNA Doe Project, uma organização sem fins lucrativos que trabalha para identificar John e Jane Does usando genealogia genética investigativa e ajudou a polícia no caso de Langford. Suas mãos e tornozelos estavam amarrados com gravatas masculinas e seu rosto estava enrolado em um pano de prato, de acordo com a organização.

    As renderizações de artistas forenses e a aproximação facial tridimensional desenvolvida em 2017 não foram capazes de ajudar a identificar Langford ou quaisquer suspeitos em potencial até o fim de 2019, quando um novo perfil de DNA de Langford foi obtido pelo Centro de Ciências Forenses em Toronto, que correspondia a amostras coletadas de dois indivíduos listados em uma árvore de DNA familiar, de acordo com o comunicado.

    Após uma longa investigação de 47 anos, as autoridades conseguiram prender um indivíduo residente em Hollywood, na Flórida.

    Rodney Nichols, de 81 anos, foi acusado criminalmente pelo assassinato de Langford no Tribunal de Justiça de Ontário no fim do ano passado, afirma o comunicado.

    “Graças aos avanços na ciência da genealogia genética e ao compromisso coletivo de todos os investigadores envolvidos, trouxemos uma solução para as famílias e amigos desta pessoa desaparecida devido a um crime”, disse o inspetor-detetive Daniel Nadeau, da Divisão de Investigação Criminal da OPP, em nota.

    “Podemos ficar satisfeitos com os resultados desta investigação e com o fato de termos conseguido devolver os restos mortais de Jewell Langford para seus entes queridos”.

    A polícia também diz que Langford e Nichols se conheciam, mas não deram detalhes sobre o relacionamento deles.

    Langford “era membro proeminente da comunidade empresarial de Jackson, Tennessee”, sendo coproprietária de um spa com seu ex-marido, de acordo com o comunicado.

    “A esse respeito, ela realmente era uma mulher à frente de seu tempo”, disse Janice Mulcock, detetive policial aposentada da Polícia Provincial de Ontário, durante um briefing em vídeo compartilhado pelo Departamento de Polícia de Ontário no Facebook na quarta-feira (6).

    “Na verdade, ela foi tão bem-sucedida como presidente da divisão de Jackson, Tennessee, da American Businesswomen’s Association, e em 1971 foi eleita a “mulher do ano” por seus colegas.”

    As autoridades acreditavam que o caso de Langford seria resolvido, disse Marty Kearns, vice-comissário de investigações da OPP e crime organizado, durante o briefing na quarta-feira.

    “Os membros detectados de nossa unidade criminal local no ramo de investigação criminal sempre acreditaram que este caso era solucionável, que um dia identificaríamos a pessoa que se tornou conhecida como Nation River Lady”, disse Kearns.

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